A polémica está instalada na Real Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Vizela não havendo memória duma assembleia como a de ontem.
Depois de ter falado sobre as coisas boas realizadas neste mandato prestes a terminar, o presidente da direção admitiu, e pediu desculpa, ter cometido um erro ao convidar Rogério Caldas para vice-presidente da atual direção. «Dimitiu-se mas tem sido ele a infernizar este mandato ao ponto de eu deixar para a última da hora uma posição quanto à minha recandidatura como poderá provar o sr. Presidente da Assembleia-geral» - disse.
João Ilídio leu na íntegra a quarta carta enviada por Rogério Caldas à direção na qual o ex-comandante critica de forma incisiva o facto da direção ter retirado do quartel as fotos dos bombeiros já falecidos e de outros destacados bombeiros como os comandantes para «um porão» no museu. A mesma carta acusa Ilídio Costa de estar nos bombeiros «por outras razões», tendo o presidente considerado isto como «grave», e de alguns discordarem da colocação das fotos naquela espaço e não terem coragem para o dizer. Rogério Caldas, que chegou á categoria de comandante num mandanto em que João Ilídio Costa era presidente, aponta também o dedo aos elementos que acompanham Ilídio Costa na direcção dizendo que eles apenas abanam a cabeça ao presidente ficando-se pelo «nim».
O presidente disse que as assembleias são o local certo para discutir estes assuntos e lamentou que Rogério Caldas não estivesse ali presente, como deixava antever na mesma carta. O Presidente acusou ainda o atual Comandante, presente na primeira fila da sala, de estar ao lado de Rogério caldas nestas e noutras posições. Paulo Oliveira não reagiu.
João Ilídio diria mais tarde que o museu dos bombeiros será o espaço mais nobre da área do quartel, aquele que terá mais visitas e que essa foi a razão da transferência dos quadros do quartel para aquela sala. Acentuou várias vezes que ninguém é mais importante na instituição do que os bombeiros. Quanto à retirada da foto do ex-comandante, como pede Rogério Caldas, o presidente disse que esse assunto seria resolvido pelo presidente da Assembleia, considerando que naquela instituição há uma comissão própria para tratar desses assuntos.
Polémica à parte, todos os pontos da ordem de trabalhos (plano e orçamento e promoção de três associados - Albino Simões, Luís Lopes, e José Guimarães - à categoria de benemérios foram aprovados por unanimidade.