Na ocasião, o autor fará uma apresentação desta nova publicação, contextualizada no atual momento do termalismo e das cidades termais, bem como da situação concreta das Caldas da Rainha, abrindo o debate à volta desta temática.
Três anos depois da dissertação de doutoramento, este livro, em tiragem limitada, regista, em síntese e atualizadamente, uma evolução das termas urbanas a nível internacional e, também, a evolução do planeamento urbanístico e estratégico das termas portuguesas, com maior enfoque nas três cidades com termas no seu perímetro urbano (Caldas da Rainha, Chaves e Vizela).
Uma parte substancial refere-se aos planos urbanísticos, elaborados desde a década de 1930, sendo resumidas as intenções dos mesmos e disponibilizados desenhos inéditos e um quadro geral que regista a evolução do planeamento nas termas portuguesas. É dado enfoque aos planos daquelas três cidades com termas no seu reduto urbano, acerca das quais, também, se regista a formalização dos seus planos estratégicos, elaborados na última década. No caso particular das Caldas da Rainha, o plano estratégico, lançado pelo próprio autor do livro enquanto vereador entre 2002 e 2005, traçou o relançamento e a expansão do termalismo, como contributo essencial para a regeneração do centro urbano e da imagem da cidade fortemente associada de novo ao termalismo, mas sem concretização pelos mandatos posteriores até à atualidade.
A finalizar, defende-se que a cidade termal, se considerada como destino turístico, potencia os seus recursos produtivos, enquanto o ordenamento do território é simultaneamente um fator de maior ou menor capacitação turística.
Jorge Mangorrinha, nascido nas Caldas da Rainha, é doutorado em Urbanismo, pela Universidade Técnica de Lisboa. Exerce como professor na Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias e pertence ao quadro técnico superior da Câmara Municipal de Lisboa.
Dos diferentes projetos em que tem participado, destaque-se os cargos de coordenador técnico do Plano Nacional de Ordenamento do Território Turístico da República Dominicana, gestor técnico da Parque Expo’98, em Lisboa, vereador da Câmara Municipal das Caldas da Rainha, coordenador científico do Rastreio e Levantamento dos Conjuntos Termais Portugueses (Ministério da Cultura/Instituto Português do Património Arquitetónico), membro do Grupo de Trabalho para as Comemorações Municipais do Centenário da República, em Lisboa, e, mais recentemente, presidente da Comissão Nacional do Centenário do Turismo em Portugal.
É autor de diversos estudos e artigos publicados, bem como de intervenções públicas em diferentes países, com particular destaque para o estudo dos efeitos territoriais e turísticos do termalismo. Foi distinguido com o Prémio José de Figueiredo 2010, da Academia Nacional de Belas-Artes, pela obra O Desenho das Termas: História da Arquitetura Termal Portuguesa (co-autoria com Helena Gonçalves Pinto).