"Decidi que na próxima Convenção, no termo do meu mandato como porta-voz do Bloco, não me recandidatarei a essa função", escreve Francisco Louçã.
"Cumpri estas funções durante dois mandatos e dei a cara pelo Bloco desde a sua fundação. Julgo que é tempo de uma renovação da representação pública do nosso movimento", salienta na mensagem dirigida "aos ativistas e ao povo do Bloco".
"Para pensar esse novo modelo de direção fiz uma única sugestão: que a nova representação do Bloco seja assegurada por um homem e uma mulher", revela, deixando uma palavra de agradecimento "aos fundadores do Bloco, o Luís Fazenda e o Fernando Rosas pela sua experiência, inteligência e lealdade ao movimento e o seu empenho de sempre".
Confiante de que "a renovação da direção faz o Bloco mais forte", Francisco Louçã considera que durante 13 anos deu "tudo o que podia e sabia" ao partido.
"Neste tempo, fiz mais de um milhão de quilómetros pelas estradas de tantas campanhas, comícios e reuniões. Encontrámo-nos lá. Provámos que se consegue o impossível", sublinha.
E lembrou "algumas vitórias", como o princípio da abertura do sigilo bancário e outras medidas contra a corrupção e a evasão fiscal, a redução dos contratos a prazo a um ano, a despenalização do aborto, o casamento gay, a proteção das mulheres vítimas de violência doméstica, o reconhecimento dos direitos dos filhos dos imigrantes. Valeu a pena o que temos feito no parlamento e no país", defende.
TEXTO JN