O treinador vimaranense Vítor Campelos já está no Irão, desde a semana passada, para trabalhar como adjunto de Toni no Tractor Club, um dos maiores clubes daquele
país do Médio Oriente.
Vítor Campelos trabalha há quatro anos nas equipas técnicas de Toni. A primeira vez que acompanhou o ex-treinador do Benfica foi no Al-Ettifaq, da Arábia Saudita.
Com Toni, passou ainda no Al Sharjah, dos Emirados Árabes Unidos, e ainda pelo Al-Ittihad, da Arábia Saudita. No Irão, Vítor Campelos voltará a disputar a Liga
dos Campeões da Ásia, como já acontecera no Al-Ittihad. Em Portugal, o treinador, de 37 anos, iniciou a carreira no Serzedelo e passou por clubes como o Ribeirão,
Paços de Ferreira, Desportivo das Aves, Leixões e Moreirense, sempre como treinador-adjunto, quase sempre nas equipas técnicas de José Gomes.
Em conversa com o DESPORTIVO, Vítor Campelos mostrou-se “entusiasmado” com a experiência no Irão. “Vamos jogar num estádio que costuma ter 60 mil adeptos a
apoiar a equipa. Vai ser um desafio enorme, mas estamos convencidos
que podemos ter sucesso.
A Liga dos Campeões da Ásia
é uma prova importante, onde
também queremos que o Tractor
tenha um bom desempenho. As
pessoas não têm ideia da dimensão
da prova e da importância que
tem em termos mediáticos”.
A diferença cultural, num país
muçulmano, fechado ao Ocidente,
não é um problema que preocupe
Vítor Campelos. O treinador
já trabalhou vários anos na Arábia
Saudita e, por isso, espera “adaptar-
se da melhor forma”. Aliás, o
vimaranense recorda, “com alguma
saudade”, as passagens pela
Arábia Saudita e Emirados Árabes
Unidos. “Demonstraram sempre
um respeito muito grande pelo trabalho
que procurámos desenvolver.
Reconhecem a competência
das pessoas”, sublinhou.
A perspectiva de um dia iniciar
a carreira de treinador principal “é
uma ambição”. Vítor Campelos
entende que “com todos estes
anos de trabalho, sinto-me cada
vez mais preparado para abraçar
um novo desafio. Tudo depende
do projecto, porque já surgiram algumas
propostas, mas nada que
fosse suficientemente sustentável”,
acrescentou. O objectivo de
Vítor Campelos passa por trabalhar
em Portugal, até porque as
raízes familiares “prendem-me à
minha cidade”. “Gosto muito de
estar com a minha família, é desses
momentos que sinto mais falta
quando não estou em Guimarães.
São momentos difíceis de lidar
quando estamos fora de casa, a
alguns milhares de quilómetros de
BRUNO FREITAS (DESPORTIVO DE GUIMARÃES)