Maria Resgate dedicou crónica aos filhos

Faz hoje (sábado) oito dias que meu filho Nuno deixou a sua forma física para se tornar em espírito presente em todos os que lhe tinham amor e amizade. Foi fazer uma outra caminhada onde, um dia, o ladearei. Resta-me, enquanto esse dia não chegar, viver. Viver pela minha filha adorada, minha família que amo, pelos meus amigos que tanto os prezo, pela minha segunda família - a USF Physis e os meus utentes, por todos aqueles com quem tenho estado lado a lado neste tempo entre o meu principio e o meu fim.


Mesmo querendo não consigo colocar em palavras o amor que sinto pelos meus filhos. Só posso dizer que é incondicional e eterno.
Meu filho estará comigo sempre, num sorriso meu, numa lágrima teimosa, numa noite de insónia, nos meus sonhos, nos meus projectos, no AMOR QUE SINTO POR ELE E PELA SUA ADORADA IRMÃ.

Como mãe queria ter asas imensas para que pudesse proteger a toda a hora, minuto e segundo, os meus filhos. Mas como mãe não tive esse poder. Só o poder de preocupação constante e de sofrimento quando eles, meus filhos, sofrem. Tenho o poder de os acarinhar, de os educar e encaminhar para uma vida onde a máxima deve ser: faz aos outros o que quererias que te fizessem.

Assim aconteceu! Com a morte de meu filho pude constatar, entre a dor da sua perda, o quanto ele é amado, acarinhado e solidário.

Como já disse, não sei quando voltarei, com a regularidade habitual, a frequentar este espaço virtual, onde senti tanta solidariedade e fui abraçada e confortada.

Um GRANDE ABRAÇO para todos vós meus amigos.


TEXTO PUBLICADO NA PÁGINA DO FACEBOOK DE MARIA DO RESGATE SALTA




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