Líderes de feiras Ibero-americanasapontam caminhos para vencer a crise




Cerca de umacentena de congressistas marcaram hoje presença no dia de abertura do XICongresso UNIFIB – União de Feiras Ibero-Americanas que decorre até amanhã naExponor, em Matosinhos. O estado do sector da indústria de feiras foi o tema doprimeiro painel de debate, onde a mensagem dos oradores foi clara: apesar docontexto de crise, o mercado “oferece” oportunidades para que se possatriunfar.
Jorge MiguelCorais, presidente da APFC - Associação Portuguesa de Feiras e Congressos,começou por identificar todas as potencialidades de Portugal, apontando oaumento das exportações fazer à crise e contribuir para o desenvolvimento dopaís. Miguel Corais lamentou a falta de aproveitamento do mercado da cultura eda língua, lembrando o exemplo do Brasil que representa um valor muito baixodas exportações portuguesas, e apelou a uma maior cooperação entre os membrosda UNIFIB.

Após criticar a falta de apoios para a promoção dasexportações e internacionalização das feiras, o presidente da APFC identificouas melhorias que devem ser implementadas no sector das feiras entre as quais o financiamento de um programa de «hostedbuyers» que valorize a componente internacional dasfeiras em Portugal,permitindo assimque estas possampromover as nossas exportações.

José António Vicente, presidente da AFE - Associação deFeiras Espanholas, reforçou ainda mais a a importância das feiras, considerandoque estas “são a melhor ferramentacomercial para as empresas, a mais barata e mais eficaz”. O dirigenteespanhol referiu-se ainda às feiras como elemento indispensável decomunicação. “O sector das feiras é umagrande montra onde cada um comunica aquilo que quer dar a conhecer”, lembrou.

América Latina é uma grande oportunidadepara Espanha e Portugal

Neste primeiro painel, moderado por Armando Arruda, presidenteexecutivo da UBRAFE - Associação deOrganizadores de Feiras do Brasil, houve ainda tempo para o atual presidente daAFIDA – Associação Internacional de Feiras da América dar a conhecer arealidade do sector de feiras da América Latina. Andrés Lopez Valderrama salientouque, apesar da crise ter sido global, o seu nível de afetação foi bastanteinferior nos países da América Latina, comparativamente com a Europa.

Andrés Valderrama referiu que a América Latina tem umaforça económica muito grande, mas que hoje em dia só os grandes podemsobreviver, daí ser fundamentais as sinergias e uniões que dão lugar às multinacionais.O líder da AFIDA vê em Espanha e Portugal uns potenciais parceiros devido àsproximidades culturais e linguísticas e alerta os países da Península Ibéricapara que “não fiquem à espera que outrospaíses tomem a iniciativa e lhes roubem esta excelente oportunidade de mercado”. O advogado colombiano considera que este é o momento de conversar e “nada é mais propício que este encontro daUNIFIB para a promoção desta união entre os países ibero- americanos”.

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