“JSD quer universidades financiadas em função do sucesso dos seus ex-alunos e mobilidade entre escolas para alunos e professores”
A Juventude Social-democrata realizou este fim-de-semana o seu Congresso de Estudantes que terminou esta manhã em Ansião e que contou com a participação do Ministro da Educação e Ciência, Nuno Crato.
Este foi também Congresso “fundacional” das duas novasCoordenadoras Nacionais, a do Ensino Básico e Secundário, agora liderada porMiguel Gomes, e a do Ensino Superior liderada por Dino Alves. Como Presidente daMesa Nacional dos Estudantes, foi eleito Bruno Barracosa.
Foram aprovadas várias moções de onde se como principais novidades, entre outras, para o ensino superior a JSD defende:
- A aplicação de uma parcela do financiamento das instituições de ensino superior (IES) que seja correspondente a 1% do IRS dos seus ex-alunos. O objectivo é incentivar as IES a investirem e preocuparam-se com o sucesso e percurso dos seus estudantes. Aposta noscontratos plurianuais como principal modelo do financiamento;
- Alteração ao estatuto da carreira docente valorizando na progressão na carreira o sucesso da aplicabilidade em empresas da investigação efectuada pelos professores/investigadores;
- Período de candidaturas a bolsas de acção social escolar fique aberto todo o ano lectivo, recebendo a partir da data de candidatura, e a criação de uma plataforma que permite fazer ocálculo imediato da bolsa fazendo boa-fé do declarado pelos estudantes, com verificaçãoa posteriori e acerto nos valores das prestações pagas; alargamento do valor do limiar de elegibilidade para bolseiros;
- Índice de empregabilidade dos últimos anos de cada curso e instituição anunciada aos candidatos ao ensino superior noacto de apresentação da sua candidatura ao ensino superior;
- Inerência dos Presidentes das Associações de Estudantes e Académicas no Conselho Geral das IES;
- Reorganização da rede, distinção clara entre universitário e politécnico,especialização das IES em reduzido número de cursos cada, com desenvolvimento de clusters em cada região em função dessa especialização;
Na área do ensino básico e secundário, entre outras medidas, a JSD defende:
- Valorização do ensino profissional como opção defacto e não apenas como recurso para alunos com piores notas;
- Especialização dos professores do ensino básico numa das três áreas epartilha desses professores entre turmas em vez do professor único por turma a leccionar as três áreas;
- Reforço da autonomia das escolas na escolha de professorase possibilidade de alargamento do período de permanência nas escolas após colocação em concurso;
- Responsabilização dos pais pelo comportamento dos alunos eperda de alguns direitos sociais pela sua ausência não justificada nas reuniões de pais que a escola convoca;
- Somos a favor da redução do número de alunos por turma;
Segundo Duarte Marques, líder da JSD, este Congresso promoveu um excelente trabalho em rede e em sinergia, que desenvolverá a capacidade de intervenção junto dos estudantes, uma importante área de intervenção da JSD.
Com a criação destas duas estruturas autónomas dedicadas em exclusivo à Educação e aos Estudantes, a JSD está “a valorizar a sua atenção e capacidade de representação e de apresentação de propostas numa área fundamental para a juventude, a nossa Educação”.
Duarte Marques afirmou que“queremos um ensino exigente, que nos dê ferramentas e competências para o futuro.É tempo de tratar diferente quem é diferente e em função do seu empenho. Basta de artificialismos e facilitismos.Acabou o tempo em que era mais fácil passar do que chumbar, queremos uma geração mais qualificada e preparada para enfrentar o futuro.”