«Em defesa da Honra e em nome da transparêcia democratica, da participação civica e do pluralismo
Queria antes de tudo agradecer à população de S.Paio de Vizela , aos seus eleitores e a todas as mulheres e homens de esquerda que contribuiram para a minha eleição.
Ao ser eleito para a Assembleia de freguesia de S.Paio de Vizela vi-me confrontado com a imposição das estruturas do P.C.P de Vizela que impôs-me a aceitação de um lugar na Junta de Freguesia de S.Paio de Vizela, facto que não concordando, aceitei em nome do Partido Comunista Portugês.
Na verdade, a minha vontade era de contribuir para um executivo da Junta de Freguesia de S.Paio de Vizela alargado a outros partidos.
È voz corrente que com este acto eu me “vendi”, mas na verdade o PCP é que me vendeu e eu como eleito nas listas do partido em causa aceitei.
Eis que é chegada a hora de desmistificar e esclarecer as situações:
Desde cedo dei-me conta dos problemas que surgiram dentro da Junta de freguesia dois do PS e eu só do PCP em desvantagem e minoria.
Alertei as estruturas do Partido para o problema e como solução deram-me a mesmas resposta, “ tens de continuar”.
Não concordando com a politica interna do PCP eu e alguns camaradas dicidimos em 2009 apresentar uma alternativa à actual e eterna concelhia discordando da perpetuação eternizante da actual Concelhia.
Sempre demonstrei a minha discordancia em relação a algumas decisões de politica local, a mais grave foi o facto de denunciar internamente a posição de calado, surdo e mudo do nossa Deputado da Assembleia Municipal de Vizela que durante 4 longos anos tirou o lugar ao MIMO.
Estes e outros factos como a apresentação de una lista alternativa à actual concelhia, valerem-me um processo disciplinar interno, bafiento e pidesco que condicionou a minha participação na vida interna e politica do Partido.
Neste momente não é importante esclarecer a cronologia dos factos com precisão ou alongar-me em factos passados, porque o presente é que conta.
Achei demasiado estranho que agora ( uns dias para cá) venham os mesmos senhores que impediram a minha participação civica e politica no partido, que me “ cortaram as pernas” quando tinha objectivos concretos e politicos, venham agora numa especie de perdão celestial dizerem-me que querem reintegrar-me no PCP.
Sou e serei sempre Sampaiense de esquerda e activo.
Não aceito perdões condicionados, muito menos quando a verdade me assiste.
Jamais pactuarei com pedidos de desculpas e mésinhas de ultima hora. A minha dignidade, a dignidade da minha familia e a dignidade de homem de esquerda, impedem-me de aceitar meras comiserações de circunstancia.
Nada fiz de ilegal dentro do PCP, sou livre de me expressar e lutarei contra tudo e contra todos pela minha liberdade de expressão e pelo meu direito universal de opinião.
Neste momento em que o PCP de Vizela pretende eternizar no poder os que nada fazem os que durante quatro anos de Assembleia Municipal de Vizela não abriram a boca e aqueles que me forçaram a aceitar um lugar dentro do executivo socialista da Junta de Freguesia de S.Paio de Vizela eu só tenho uma resposta.
Não contem comigo, sou livre e democratico e tenho honra no trabalho que desempenhei enquanto eleito na minha freguesia.
Em nome da liberdade da democracia e da esquerda de valores informo o Partido Comunista Português que demito-me de todas as minhas funções de militancia.
Continuarei a trabalhar em prol dos sanpaienses, da melhoria das condições de vida dos vizelenses, na vida activa a favor do trabalho em prol do Centro de Saude de Vizela, sabem que estou por aqui onde a luta precisa de mim:
Se quizerem esclarecer a verdade contem comigo».
MARCO ALMEIDA