Já há muito tempo que procurávamos apanhar (com a máquina fotográfica ou de filmar) uma garça real que percorre o rio Vizela desde a ponte de Santo Adrião à Ponte Romana. Avistamo-la, por acaso, a partir do interior do bar Maquias na área do rio Vizela com o mesmo nome. Patas na água e olhar fixo na procura de peixe, a grande ave aproveita a luz do bar para pescar à noite. A qualidade do vídeo devido à falta de luz não é a melhor, mas o momento registado é lindo. As lontras também estão de volta ao rio Vizela!
Várias vezes avistamos esta (e outra) garça real pousada num pequeno ilhéu junto à ponte estreita de S. Adrião e noutras ocasiões na copa duma árvore do lago do parque, mas revelou-se sempre difícil captar qualquer imagem pois ao menor gesto a ave foge. Do bar do Maquias, onde a música se mistura no exterior com o burburinho do rio, foi possível captar a grande ave a pescar, calculando-se que o seu ninho seja nas proximidades daquela área onde abunda o peixe.
Jovens estudantes têm feito autênticas maratonas à espera de ver as garças pousarem por ali, mas a sua presença é sempre inconstante apesar daquele local ser bom para pescar até porque fica a boca do regato da Caçoila que ali desagua.
O rio Vizela, fértil em trutas, bogas, escalos, pimpões e outros peixes, é bastante frequentado por patos, pitas d'água, lontras, pelas esbeltas garças reais, etc..
Identificação da Garça real:
É uma ave de grande dimensão, robusta e majestosa. A sua coloração é predominantemente acinzentada, com as partes inferiores branco acinzentadas. Bico direito e forte, de coloração amarela acinzentada, patas amarelas ou cinzentas. A face superior das asas é cinzenta com régimes e coberturas pretas.
Voz: O chamamento, geralmente emitido ao anoitecer, é um crocito ruidoso e áspero.
Habitat: A Graça-real frequenta uma grande variedade de habitats, abundantes em recursos hídricos e peixe. Podemos encontrá-la nas margens de rios e lagoas, na costa marítima ou em florestas, perto de cursos de água.
Comportamentos: Caminha lentamente nas águas pouco profundas. Quando vê o seu alvo, permanece completamente imóvel, até desferir o golpe fatal. Vive geralmente em colónias, podendo também ser encontrada isoladamente.
Voo: Pescoço retraído, asas muito arqueadas com batimentos lentos e irregulares. Voa muitas vezes a grande altitude.
Nidificação: Constrói um ninho de grandes dimensões feito de ramos no topo de grandes árvores. Como nidifica em colónias, é comum, numa mesma árvore, encontrar vários ninhos. A postura é realizada entre Fevereiro e Maio ou em Junho, quando faz uma segunda postura, o que raramente acontece. A postura é constituída de 4 ou 5 ovos. A incubação, que dura cerca de 26 dias, tal como a alimentação das agressivas e barulhentas crias, é feita por ambos os progenitores. As crias abandonam o ninho com 7 semanas, embora continuem a cargo dos seus progenitores mais 2 ou 3 semanas.
Dieta: A sua alimentação é composta por pequenos peixes (10 a 20 cm), insectos, crustáceos, insectos, répteis e, muitas vezes, pequenos mamíferos. (texto zoo-in)