Comunicado do Bloco de Esquerda




O Orçamento da Câmara Municipal de Vizela para os anos 2012/2013 constitui uma esclarecedora confissão sobre a grave situação financeira em que o Município se encontra, os baixíssimos níveis de execução do Plano de Actividades e a manifesta insensibilidade social da maioria socialista que governa a Câmara.

Sobre a situação financeira da Câmara, apesar das manobras tendentes a branquear as contas, nomeadamente o endividamento camarário atingiu já níveis muito preocupantes, boa parte desta dívida é a pequenos fornecedores do concelho que aguardam muitos meses para receberem o que lhes é devido.

Assim se soma mais crise à crise, se asfixiam pequenos empresários, assim se compromete a economia local e se remetem para o desemprego muitos cidadãos no concelho. O endividamento camarário vai piorar nos próximos anos por via da aventureira decisão de querer ser mais do que aquilo que são durante 13 longos anos e que agora e para o futuro próximo condicionará decisivamente as finanças municipais, comprometendo o futuro. Mesmo assim, continuam a querer esbanjar dinheiro no edifício sede.

Sobre os baixos níveis de execução do PPI, esta é a mais clara demonstração da incapacidade do executivo socialista em administrar os recursos, agora ainda mais escassos, que o Município tem à sua disposição. Ou seja, há pouco dinheiro, mas nem esse se consegue aproveitar para fazer as obras e actividades prevista, optando por bajular o povo com obrinhas manhosas e mais alcatrão em detrimento das crianças, dos jovens e dos idosos, em detrimento de obras para melhorar as condições de vida de todos os vizelenses…

Sobre as hortas sociais, horto municipal, refeitório social, melhores condições para os trabalhadores, emprego para jovens, emprego para cidadãos portadores de deficiência, transferências de gestão para as juntas de freguesia, nem uma sílaba.

A insensibilidade social da maioria socialista que governa a Câmara é bem visível no facto de perante a mais grave crise social das últimas décadas a Câmara Municipal continuar a não apostar no não investimento nas funções sociais da autarquia. Esta importante área de actividade foi aquela em que a maioria estupidificante e insensível do P.S. nunca investiu nem pretende investir.

A fim de garantir os níveis de governabilidade necessários a uma actuação eficaz a Autarquia, reconhecendo os desafios com que é confrontada e tomando consciência da necessidade urgente de reequilibrar as finanças municipais, entendeu desenvolver uma operação de charme garantindo umas obrazinhas para no próximo ano, no ano de eleições vai esquecer-se das dividas e voltar a gastar à tripa forra não se preocupando com o planeamento financeiro com o objectivo de reprogramar a dívida nem consolidar os seus passivos financeiros.

A Coordenadora Concelhia do Bloco de Esquerda


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