A Câmara Municipal de Vizela criou um regulamento (publicado em Diário da República a 20 de Outubro-2ª Série, Nº 202) para a cedência às colectividades dos seus dois autocarros e carrinhas. As associações vizelenses estão em período de análise da proposta da CMV que fixa para os autocarros € 1.24 e para as carrinhas € 0,52 por quilómetro percorrido. «Para distâncias longas não compensa pedir o autocarro à Câmara», dizem algumas associações que no entanto reconhecem que havia um certo «abuso» no pedido das viaturas e que era necessário "disciplinar".
No próximo dia 20 deste mês o Futebol Clube de Vizela vai jogar a Lisboa (Belenenses). Se já estivessem em prática as tarifas que a CMV pretende cobrar na cedência das duas viaturas, o Clube teria de pagar (fazendo contas a 800 km) cerca de mil euros pelo autocarro. A este valor acresce por conta da colectividade a contratação do motorista, cujo serviço ronda os cinco euros à hora. Portagens, combustível, seguro e manutenção da viatura é tudo por conta do Município.
O FC Vizela vai estar em Lisboa com o autocarro pequeno da CMV (27 lugares), estando autocarro grande (50 lugares) reservado para a Casa dos Dragões do Vale do Vizela que tem para o mesmo dia uma prova de atletismo nas proximidades da capital.
Com as novas tarifas, a Casa dos Dragões estaria sujeita aos mesmos valores de 1.24 por quilómetro.
Recentemente uma colectividade vizelense contratou os serviços de um autocarro à Transcovizela, tendo pago 800 euros por dois dias. Ou seja, por dosi dias pagou o equivalente a um dia da Câmara e sem, naturalmente, o acréscimo da verba a pagar ao motorista, razão que leva os dirigentes vizelenses a considerar que para grandes distâncias não compensa "fretar" os autocarros da CMV.
"Já para viagens mais curtas, faz sentido pedir o autocarro à CMV porque as empresas dificilmente alugam um autocarro por 100 ou 150 euros» - disse um dirigente ao ddV.
Com esta medida, a Câmara de Vizela, que salienta gostar de colaborar com todas as associações, pretende pôr regras apertadas na cedência das suas viaturas, porquanto as despesas com os autocarros estavam a tornar-se incomportáveis em tempo de crise.
Fala as associações darem a sua opinião para as novas tarifas entrarem em vigor.
