Faz hoje 12 anos que morreu uma voz amiga de Vizela

Passam hoje 12 anos sobre a morte da Rainha do fado, Amália Rodrigues. Amália morreu aos 79 anos em Lisboa. Foi apoiante da criação do Concelho de Vizela e o novo Município atribuiu o seu nome a uma rua da cidade.



Amália assinou uma petição que pedia à Assembleia da República a elevação de Vizela a Concelho. No dia 19 de Março de 1998, dia da vitória dos vizelenses, da varanda de sua casa na rua de S. Bento, Amália Rodrigues estava feliz, deu autógrafos em bandeiras e bonés e atirou beijos aos vizelenses vitoriosos. Hoje, dia 6 de Outubro, a diva do fado volta a ser falada internacionalmente. Passam dez anos sobre a sua morte...mas Amália, que os vizelenses já admiravam por ter cantado nas Festas de Vizela de guarda-chuva aberto, nunca morre.


Amália Rodrigues será sempre lembrada pelos vizelenses pelos melhores motivos. Quis o destino, que Amália tantas vezes cantou, que a rainha do fado estivesse por casa no dia 19 de Março de 1998, dia grande da luta de Vizela.
Para além da admiração que os vizelenses nutriam pela artista mais famosa de todos os tempos, Amália, esse respeito era extensivo a uma mulher que pertencia ao Povo.

Por Vizela ficou célebre um episódio: Nas Festas de 1972, no Parque das Termas, Amália preparava-se para subir ao palco quando um enorme tromba de água chuva torrencial, se abateu sobre o tabelado. Foram os próprios elementos da Comissão de Festas a propôr à famosa artista que cancelasse o espectáculo. Amália respondeu: «NÃO. Tragam-me um guarda-chuva». E assim, de guarda-chuva aberto e xaile pelas costas ela cantou os fados que maravilharam o mundo. No dia seguinte o Jornal de Notícias dave grande referências ao profissionalismo e consideração de Amália pelo seu público.

A pedido do MRCV, Amália e outras figuras públicas assinaram uma petição a dirigir à Assembleia da República solicitando a criação do Concelho de Vizela.
No dia 19 de Março de 1998, Amália estava na varanda de sua casa e dali participou na festa da elevação de Vizela a Concelho.

A Comissão Instaladora do Município de Vizela, por proposta de Manuel Campelos, atribuiu o nome de Amália a uma rua que liga a rua da Barrosa ao Mercado Municipal bem ao jeito de uma vendedora de laranjas que mais tarde se tornou a maior fadista de todos os tempos.
Há doze anos a Rádio Vizela mandou celebrar uma missa em sufrágio de Amália na igreja de S. João, tendo o padre José Machado feito grandes referências à fadista falecida. Na igreja ouviu-se duma aparelhagem sonora a voz de Amália no fado gravado "Foi Deus".


AMALIA SEMPRE AMALIA
Amália da Piedade Rodrigues GC SE • GC IH (Lisboa, 23 de Julho de 1920[2] — Lisboa, 6 de Outubro de 1999) foi uma fadista, cantora e actriz portuguesa, considerada o exemplo máximo do fado, comummente aclamada como a voz de Portugal e uma das mais brilhantes cantoras do século XX. Está sepultada no Panteão Nacional, entre os portugueses ilustres.

Tornou-se conhecida mundialmente como a Rainha do Fado[3] e, por consequência, devido ao simbolismo que este género musical tem na cultura portuguesa, foi considerada por muitos como uma das suas melhores embaixadoras no mundo. Aparecia em vários programas de televisão pelo mundo fora, onde não só cantava fados e outras músicas de tradição popular portuguesa, como ainda canções contemporâneas (iniciando o chamado fado-canção) e mesmo alguma música de origem estrangeira (francesa, americana, espanhola, italiana, brasileira). Marcante contribuição sua para a história do Fado, foi a novidade que introduziu de cantar poemas de grandes autores portugueses consagrados, depois de musicados. Teve ainda ao serviço da sua voz a pena de alguns dos maiores poetas e letristas seus contemporâneos, como David Mourão Ferreira, Pedro Homem de Mello, Ary dos Santos, Manuel Alegre, Alexandre O’Neill.

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