Não obstante esta bonita idade, que muitos projectos e sites não lograram atingir, o ddV, com perto de 4 milhões de visitas, está consciente das suas limitações e imperfeições, prometendo procurar fazer em cada dia o melhor possível para agradar aos milhares de leitores que o visitam em todo o mundo. MANUEL MARQUES
Não será imodesto lembrar que o ddV, na sua génese, foi responsável pelo primeiro contacto de muitas pessoas com a internet (alguns dizem-nos que nem sabiam que a net existia antes do ddV surgir ou como se ligava um computador), arrastando os vizelenses, e não só, para um hábito diário de procurarem “num segundo Vizela no mundo”.
Hoje é com orgulho que ouço alguns netos dizerem: «Quando os meus avós ouvem tocar o sino vão a correr ligar o ddV para saber quem morreu». Pode não ser uma forma plena de mostrar a importância deste jornal, mas é uma parte dela. E o sucesso de algo é sempre a soma das suas partes.
Nestes sete anos percebi o quanto um jornal electrónico (alinhavado diariamente a correr), é útil a um comunidade que ainda dá os primeiros passos no municipalismo. Vizela não podia continuar ausente das redes sociais e nasceu o ddV em 1 Outubro de 2004.
Foi essa forma de interpretar a importância da internet, e que já vinha de trás quando geri durante um ano o site do Notícias de Vizela, que me levou a pressionar em 2005 o então presidente da Rádio Vizela (empresa emissora da qual sou um dos cooperantes-fundadores), José M. Oliveira, para que a sua direcção apostasse nas emissões de rádio on-line (algo de que já se falava há muito pelos corredores da Rádio mas sem que se passasse à acção) e na criação de um site onde o departamento de informação da «voz de Vizela» editasse as notícias que julgasse mais convenientes e de interesse público. Telefonei ao engenheiro Gil Matias, da Dom Digital, cidade da Guarda, e, juntamente com o presidente da RV almoçamos no Zeca Pinto e ali à mesa nasceu o esboço da candidatura ao ICS que levaria alguns meses depois as emissões da
RV e o seu site a chegarem a todo o mundo. O ddV foi o arauto da boa
nova e sente orgulho disso. O ddV nasceu para construir, não para destruir.
Desde sempre assimilo a ideia que um órgão de informação, seja ele qual for, é como um rio: não pertence a ninguém em particular mas sim à terra onde corre. Um órgão de informação é como um tear ou uma alfaia agrícola: só tem valor se manejados e se souber partilhar.
Nestes sete anos, o ddV orgulha-se de ter apoiado inúmeros jovens no lançamento de blogs, na cedência de matéria para trabalhos escolares, etc. disponibilizando fotos, textos e dando os melhores conselhos orientadores a quem que crescer nesta área.
A inveja, o egoísmo, o egocentrismo são predicados que não nos interessam.
Sempre entendi que uma terra é quanto mais forte quanto melhor comunicação social tiver a defendê-la e a divulgá-la. Foi essa razão que me levou a colaborar graciosamente com o Notícias de Vizela de 1977 a 1989 e depois a assumir de forma profissional os destinos daquele jornal (das mais importantes bandeiras da luta de Vizela) que em 1989 se encontrava na penúria e num beco sem saída (saí quando a empresa dispunha de uma equipa jovem para dar continuidade àquela publicação); estive na fundação da Rádio Vizela; do seu site e das emissões on-line; colaborei no
lançamento de revistas de várias associações como o FC Vizela (no
jornal também), da Santa Casa, etc.
Ajudei a criar postos de trabalho na área da comunicação social, tendo sido o primeiro profissional de sempre nesta área a nível local. Ganhei dinheiro apenas para sobreviver pois entendo o jornalismo como uma missão, um auto de fé. Morrerei
a escrever… milhões de vezes a palavra VIZELA.
No jornalismo não há concorrência porque não há dois órgãos de informação iguais. Nunca houve no mundo nem vai haver. Por isso todos os "comunicadores" têm o seu espaço e a sua importância.
Considero, no entanto, que Vizela podia estar mais avançada na área da comunicação social. Aqui à nossa volta muita gente percebeu que a transmissão de imagens via internet é um filão a explorar. Localidades mais limitadas do que Vizela na área comercial (fonte de receita dos média) e humana dispõe de canais de televisão on-line com transmissões em directo e edição de vídeos que proporcionam, sobretudo a quem está longe da sua terra, especiais momentos informativos.
É por aqui que Vizela deve seguir.
Este Jornal (com um manancial enorme de textos e fotos em arquivo para a história do Vale do Vizela) vai seguir o seu caminho (sempre fui contra os abortos, por isso jamais destruirei algo que gerei)e como um rio que corre, o ddV pertence a toda a comunidade vizelense (mesmo àqueles que o tentam ou tentaram destruir).
Brevemente irei oferecer a propriedade e orientação do ddV a um grupo de jovens que amam Vizela e que acham que esta Terra só tem a lucrar com a Comunicação Social que tem e com a outra que está para vir.
Obrigado a todos e Viva Vizela!
AGRADECIMENTOS A: Vítor Oliveira Marques, Xavier de Freitas, João Polery, Carlos Martins, Vítor Monteiro e Olga Monteiro; Rui Campelos, Drª Resgate Salta, José Borges, Ilídio Marques, Elizabete Alves, Sandra Guimarães, António Araújo, Luís Pinheiro, Paulo Félix, Marcelo Carvalho, Manuel Campelos, José Alcino Ferreira, Adelino Moreira, Júlio César Ferreira, José Manuel Faria, Romeu Lopes, Paulo Pinheiro, José Armando Branco, José Maria Ferreira, Carlos Padeiro, Fernando Martins, Torcato Faria, Hélio Bernardo Lopes, João Cunha, Alfredo Cunha, Pedro Costa, Júlio Coelho, Abel Sousa e Mesquita (RS), Américo Rui Pacheco, Nandinho, Agostinho Ribeiro, Ulisses Araújo, Rui Ferreira, Gonçalo Castro e a todos os vizelenses em geral que têm apoiado o ddV.
MANUEL MENDES MARQUES
(Fundador, Director e proprietário do ddV)
PS: É pena que num concelho onde tantos temas se debatem em fóruns, palestras, saraus, tertúlias, etc. ainda nenhuma instituição tenha chamado os órgãos de informação vizelenses para debaterem e trocarem ideias sobre o presente e o futuro da comunicação social de Vizela.
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