A Coordenadora Distrital do Bloco de Esquerda considera que a drástica redução do número de beneficiários do RSI, anunciados esta semana, são o espelho da crueldade das políticas recessivas que castigam os mais carenciados e poupam os mais abastados.
Como é possível que atravessando o país uma crise tão severa, e que afecta particularmente o Distrito de Braga, a Segurança Social corte no número de beneficiários do Rendimento Social de Inserção (RSI) em quase 25 por cento?
A crueza destes números é reveladora da cobardia do actual governo que se descarta das suas responsabilidades demitindo-se da sua função promotora de coesão social, ao mesmo tempo que trasmite a ideia de que o RSI é uma esmola e não um direito.
Numa altura em que os números do desemprego continuam a aumentar e que são cada vez mais os trabalhadores que perdem o direito ao subsídio de desemprego, o recurso ao RSI torna-se a ultima medida de recurso para evitar que milhares de pessoas caiam na mais absoluta miséria. Por isso é incompreensível que seja esta última medida de recurso a ser estrangulada.
Para além de não acudir às mais severas formas de pobreza, o Governo continua sem dar resposta às pequenas e médias empresas, criadoras de emprego, que se encontram compleatamente estranguladas pela falta de recurso ao crédito, situação que o Bloco de Esquerda quer ver alterada.
Por isso, á semelhança do que aconteceu em anos anteriores, o BE vai voltar a apresentar na Assembleia da República um Plano de Emergência para os Vales do Cávado e Ave, que possa contribuir para minorar a situação de calamidade social que se vive no Distrito, que proteja o emprego e as pessoas. E rejeita as medidas caritativas e avulsas como as que são preconizadas no Programa de Emergência Social que constituem um verdadeiro atentado à dignidade dos cidadãos com mais dificuldades.
Cumprimentos
O Secretariado Distrital
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Braga
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