Mostra de Teatro de Vizela de 13 a 22 Outubro

Pelo quinto ano consecutivo, a Câmara Municipal vai apoiar a organização da MOTE – Mostra de Teatro de Vizela, que se realiza nos próximos dias 13 a 22 de Outubro.

A iniciativa é co-organizada pela Associação Juvenil VIA e pela Câmara Municipal de Vizela. Todas as apresentações têm entrada gratuita.

MOTE – Mostra de Teatro de Vizela
(Org.: Associação Juvenil VIA/Câmara Municipal de Vizela)
Programa:

13 e 14 Outubro
“Fantoches que Contam Histórias com a História”
Centro de Criatividade da Póvoa de Lanhoso
Destinado às Escolas Básicas do Concelho
Patronato de S. João, sessões às 10h00 e às 14h30

Sinopse
Com “FANTOCHES QUE CONTAM HISTÓRIAS COM A HISTÓRIA”, o CCPL retoma a tradição ancestral dos bonequeiros ambulantes que percorriam vilas e povoados com seus mágicos fantoches a contar histórias do imaginário fabuloso. Nesta história, as marionetas interpretam personagens das histórias e imaginários de outras histórias que envolvem o Castelo da Póvoa de Lanhoso. Trata-se de mais um trabalho artístico, pedagógico e de pesquisa, desenvolvido pelo projecto do CCPL.
Um espectáculo de grande magia cénica, idealizado para todos os públicos e programas especiais com escolas.
Trata-se de uma montagem que mistura diferentes técnicas de manipulação com marionetas articuladas. Uma nova experiência de linguagem poética. Uma dramaturgia que privilegia a identidade e os costumes da região.

Encenação e dramaturgia: Moncho Rodriguez
Música: Narciso Fernandes
Marionetas: CCPL
Elenco: Armando Luís, Sofia Lemos, Vânia Silva, Roberto Moreira

14 Outubro, sábado
“A Visita” com o actor Pedro Giestas
Centro de Criatividade da Póvoa de Lanhoso
Destinado à população em geral
Patronato de S. João, às 21h00

Sinopse
Quando um homem do campo, carregado de memórias, caminha solto no espaço, e os pés de barro misturam-se com os instrumentos que cavam a terra. A harmonia do seu corpo é dissonante. O seu equilíbrio é um cambalear constante, como um marinheiro sem mar, como se quisesse partir ou voar.
Procurei construir o texto imaginando um homem, numa aldeia de Portugal, igual a tantas aldeias desertas, onde só um ser inventado, na mais absoluta solidão, pode contar ou criar histórias que talvez nunca existiram.
Aldeias mortas de gentes, de bichos e mais tarde, de memórias. Que se escondem no vazio onde dorme a essência daquilo que fomos e já não somos. Lugar do esquecimento.
O drama de um homem que ficou esquecido numa aldeia deserta, reflecte o deserto de tantos outros, todos os dias esquecidos pela sociedade que esquece do próprio homem.
A VISITA significa voltar. Olhar para dentro, reencontrar a memória que pode justificar onde estou…o que tenho para dizer.
A VISITA significa dizer ao mundo, coisas da minha terra, compartir imagens, pensamentos, costumes e falares que não devem ser esquecidos.
A VISITA é um espectáculo construído com linguagem teatral experimental, que tem base como base dramatúrgica os elementos da tradição rural. O espectáculo usa a memória da cultura do mundo rural, o universo poético do popular utilizando a ficção do teatro contemporâneo.
Costumes, lendas, falares, cantares e a ficção poético que revela o universo do imaginário de um homem esquecido numa aldeia de Portugal.
A história imaginada de, António, sobrevivente numa aldeia deserta. A memória desse António, testemunho do vazio. António abandonado, aquele que ficou esquecido. A terra deserta, a tradição deserta. A identificação esquecida.
A história deste homem começa quando ele, António, visita seus parentes mortos, como se ainda presentes estivessem. Conversa com eles, relembra histórias, fala da terra, das gentes, diverte-se, ri, canta, reza, chora… e pouco a pouco, vai transmitindo com crueza uma realidade que, mesmo sendo insólito, inventada pela poética, transmitida no teatro como ficção, ela é real, e alastra-se devorando gentes e terras do mundo rural.
António, mesmo sem ser explícito, denuncia a perda da nossa identidade cultural, no conflito entre a tradição e a modernidade. O drama de um homem que ficou esquecido numa aldeia deserta, pode simbolizar o deserto de tantos homens, numa sociedade que se distancia, cada dia mais, do próprio homem. António, é feito de memórias, sonhos, saudade, raiva e vontade. A luta patética que trava com o invisível da própria vida, a comédia e a loucura da sua resistência, são os principais condimentos utilizados na construção desta dramaturgia.
Autor, Encenador e Director do CCPL: Moncho Rodriguez
Elenco: Pedro Giestas

15 Outubro, domingo
Poemas e Cenas Curtas
Teatro com Grupo de Teatro da Fundação Jorge Antunes
Casa do Povo de Vizela, às 21h30

21 e 22 Outubro
Peça de Teatro a Definir
Destinado à população em geral
Casa do Povo de Vizela, às 21h00



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