A exemplo da Câmara Municipal de Vizela, as câmaras municipais estão em risco de ruptura a curto prazo situação que atinge vinte e cinco por cento dos municípios portugueses estando muitos deles em sério risco de colapso financeiro e de deixarem de pagar salários e de cumprirem com os fornecedores.
O Bloco de Esquerda de Vizela apela ao bom senso da Câmara Municipal de Vizela para que tenha coragem para levar a Assembleia Municipal um plano de reequilíbrio e consolidação financeira, apesar da existência de erros grosseiros de esbanjamento durante os anos de gestão socialista e, de uma vez por todas sanear as dívidas e vícios da autarquia.
A justificação técnica do Plano de reequilíbrio e consolidação financeira deve assentar na realidade do município e na potencialização dos recursos endógenos da autarquia e do concelho de Vizela:
Defendemos um corte em cinquenta por cento no número de vereadores e pessoal de confiança política dos eleitos reduzindo assim salários chorudos, as verbas de representação astronómicas, as ajudas de custo e as estadas e estadias.
Reformulação do PPI plano plurianual de investimentos retirando do mesmo obras megalómanas e desnecessárias, o fim da construção de muros para os amigos. O fim do alcatrão eleitoral.
O fim imediato da gestão eleitoralista de comprar a todos só para ficar bem, deve-se comprar a quem é mais barato. É necessário encarar o departamento de compras como uma fonte de lucros potencial e não de despesas. Reduzindo o número de fornecedores de modo a aumentar o poder negocial perante eles. É preferível negociar contratos de aquisição a longo prazo dado que, em regra, poderá beneficiar de melhores condições. Fixar previamente os preços e os prazos de pagamento e tentar obter descontos de quantidade. Acautelar no contrato as garantias de reembolso no caso de haver atrasos ou ineficácias no fornecimento.
Redução das juntas de freguesia.
Um corte energético entre as 2 horas da manhã e as 4 horas da manhã e a sua ligação mais tarde uma hora e desligar a mesma mais cedo uma hora permitindo uma redução de trinta por cento nas verbas energéticas.
Acabar com almoçaradas e jantaradas que empestam as contas do Município com verbas de aproximadamente 5 mil euros de dívidas só a um restaurante.
Consultadorias e serviços técnicos que são uma vergonha e gastam milhares de euros devem ser elaborados sempre com pessoal técnico do município e só em caso de não existência de técnicos camarários é que se deve recorrer ao exterior.
O fim imediato das PPP parcerias público privadas.
Chamar todos os trabalhadores para que colaborem com a necessidade de poupança em papel, material de escritório, tinteiros, consumos energéticos etc… Sem os trabalhadores no processo de poupança as medidas nada valem.
Caixa de sugestões: Deixar que os trabalhadores indiquem o melhor caminho é um estratagema de diminuição de custos barato e ao qual poucos prestam a devida atenção. A sua aplicação poupa anualmente muito dinheiro. Só que muitas vezes os benefícios desta medida só surgirão a médio prazo.
Abertura do Edifício Sede com a inclusão no mesmo de loja do cidadão, caixa geral de depósitos, finanças, segurança social, cartório, conservatória para que a manutenção do mesmo seja paga pelos locatários poupando-se na renda que se paga com o actual edifício e na manutenção do novo.
Alargamento dos locais de estacionamento pago como o Forum Vizela de forma a garantir mais receitas para a autarquia.
Cobrança de taxa sobre as caixas multibanco, antenas de telemóveis, cabines telefónicas e todo o tipo de comercio na via publica.
Introdução de taxas extraordinárias para quem mais lixo produz mesmo que seja amigo do elenco camarário.
Alargamento do espaço das feiras e mercados ao estacionamento contíguo ao Mercado Municipal criando novos espaços para aluguer. Criação de feira de velharias de periodicidade mensal o que permite arrecadar novas receitas.
Senhas de presença dos eleitos das Assembleias de freguesia e da Assembleia Municipal bem como o salário dos presidentes de junta, dos secretários e dos tesoureiros das juntas de freguesia devem ser entregues às associações uma vez que todos os autarcas estão lá por amor à terra e permite desta forma aliviar a tesouraria da Câmara Municipal.
Renegociação dos contratos de cedência do Parque de jogos e do Parque das Termas.
Venda de património.
Acordo com Faculdade de Arqueologia da Universidade do Minho que permita que os estudantes universitários estudem em Vizela os achados arqueológicos e a riqueza do nosso passado histórico projectando o concelho no mundo enquanto cidade romana.
Inscrição de Vizela na rota das cidades romanas de forma a captar verbas da EU para requalificar a praça da republica criando à superfície réplicas dos vestígios e mostrando outros através de tecnologias que permitam a visualização dos mesmos trazendo estudiosos e turistas ao nosso concelho.
Recuperação dos achados arqueológicos espalhados por Portugal nomeadamente o Deus Bormanicus e construção de edifício museológico.
Criação de Bolsa para a reabilitação urbana dos edifícios da Rua Dr. Abilio Torres, Praça da Republica e Rua Joaquim Pinto. Realojando jovens no centro da cidade de forma a garantir o crescimento sócio cultural do centro cívico com todas as suas actividades económicas e sociais. A referida Bolsa deve ser objecto de candidatura ao Programa Jessica.
Um concurso publico para aquisição de combustíveis já e de imediato e a longo prazo a introdução de biocombustivel de produção da própria autarquia fruto da recolha dos óleos usados em todo o concelho reintroduzindo o mesmo nos consumos de viaturas de trabalho.
Pedido de licença e criação de frequência de rádio amador que permite uma enorme poupança nas comunicações entre serviços, chefias e vereadores.
Aluguer de terreno agrícola que permita a criação de viveiros tendo como serviços acrescentados a produção agrícola de frutos, tubérculos, leguminosas e produtos hortícolas que servirão a população dos infantários, à população escolar às famílias carenciadas e às ipss este serviço deve estar aberto a todos os cidadãos que queiram produzir para si e para os seus familiares os produtos agrícolas.
Com este serviço rentabiliza os empregados e potencia a criação de emprego com a necessidade de mais trabalhadores uma vez que o município gasta centenas de milhares de euros em hortos e em subsídios às Associações de Pais que recebem em géneros ficando esta verba para salários da produção própria. Introdução de árvores de fruto no paisagismo local.
Implementação de uma verdadeira politica de limpeza de matas que permita poupança nos recursos afectos à protecção civil majorando os mesmos com receitas de coimas sobre os incumpridores criando produção própria de biomassa para aquecimento dos jardins de infância, escolas, organismos públicos, ipss e outros poupando nas contas de subsídios e gás, fomentando o emprego e as actividades económicas.
Poupar dinheiro na Publicidade só a obrigatória deve ser publicada.
O Bloco de Esquerda de Vizela