Muitos pensarão que a profissão do homem que remenda guarda-chuvas e conserta louça está extinta e que mais não passa de um número do cortejo Vizela dos Tempos Idos. Puro engano. O som estridente do assobio de um guarda-soleiro entoou hoje na rua Dr. Abílio Torres e o ddV registou essa passagem surpresa de um homem que não deu entrevista mas assobiou para a câmara de filmar.
Apeado, bicicleta de lado, no volante um esmeril, no suporte um guarda-chuva velho e mal de ferramenta, assim surgiu de surpresa este guarda-soleiro na rua principal de Vizela esta tarde.
Os populares que viram passar o homem que conserta chapéus de chuva e louça com agrafos (pratos, malgas, etc.), ficaram surpreendidos e não deixaram de exclamar: «Há que anos não via um guarda-soleiro».
O homem era de poucas falas. Vinha de fora e seguiu a pé em direcção a Lousada entoando o seu assobio (género de armónica de beiços).
Uma profissão que se julgava de todo extinta, até porque hoje os guarda-chuvas são hoje ao preço da chuva.