COMUNICADO DO PARTIDO SOCIALISTA DE VIZELA





O ROSTO DO DESNORTE DA COLIGAÇÃO

Ao longo dos últimos anos, Vizela assistiu a uma singular alteração do panorama político local. A oposição, até aqui pautada por uma intervenção política construtiva, consistente e, sobretudo, credível, personalizada por pessoas como Belmiro Martins, Dona Maria do Céu, Carlos Alberto Costa e, em último reduto, Manuel Campelos, parece ter terminado. Ultimamente, e mais precisamente desde que Miguel Lopes assumiu a liderança do PSD, a elevação da política local acabou.
Miguel Lopes pertence a uma nova geração de políticos vizelenses que contrasta claramente com os que acabamos de referir, sobretudo porque é o político Vizelense que mais dá “o dito pelo não dito”, que não pensa antes de falar, o que o faz entrar, várias vezes, em contradição.

Esta afirmação não pode, nem deve ser escrita de ânimo leve, bem pelo contrário, deve ser devidamente fundamentada. Contudo, contra factos não há argumentos e os factos que se seguem são incontestáveis, facilmente comprovados com uma pequena pesquisa na Internet ou com a leitura atenta de alguns recortes dos nossos jornais locais.

A primeira contradição data de 2007, mais precisamente quando Miguel Lopes dava os primeiros passos na liderança do PSD local. Nessa altura, no final de um jantar de carácter partidário,Miguel Lopes assume perante os presentes e os órgãos de comunicação social que vencerá as eleições apenas em 2013, tendo em consideração que o seu partido e a sua candidatura não tinham capacidade para ganhar as eleições em 2009. Passado tempos, mais precisamente no dia 14 de Fevereiro de 2009, no "Grande Auditório" da Rádio Vizela, Miguel Lopes assume, contrariamente ao que havia dito, que a sua candidatura e o seu partido iriam ganhar as eleições autárquicas de 2009. Algo que não veio a acontecer.

Outra contradição remonta ao período do processo eleitoral autárquico, mais precisamente a Setembro de 2009. Nesta altura, a coligação, presidida por Miguel Lopes, agenda uma reunião no estádio do Vizela. No decorrer da reunião com a direcção do clube, a coligação assumiu que se ganhasse as eleições,apoiaria o Futebol Clube de Vizela, tentando tirar com isto dividendos políticos. Lamentavelmente, uns meses mais tarde, mais precisamente no dia 22 de Abril de 2010, a coligação por Vizela vota contra, em reunião de câmara, o apoio ao futebol clube de Vizela proposta pelo executivo PS.

A terceira contradição data do dia 24 de Julho de 2010, aquando da tomada de posse de Francisco Ribeiro, o novo líder da Comissão Política da Concelhia de Vizela do PSD. Miguel Lopes assumiu oficialmente, perante os convidados e a Rádio Vizela, que seria candidato à Câmara Municipal nas próximas eleições autárquicas de 2013. Dias depois, vem junto da comunicação social dizer que tinha sido mal interpretado e que, até ao momento ainda não estava definido o nome do candidato da coligação.

Outro episódio que também ficou marcado pela contradição, foi a afirmação que Miguel Lopes fez sobre quem mandava no PSD. No decorrer da Reunião Ordinária da Câmara Municipal de Vizela de 2 de Abril de 2008, o Vereador Miguel Lopes responde à Vereadora Dora Gaspar, dizendo que “já não é líder, mas continua a mandar no PSD.” Mais tarde, e após ter reflectido sobre o que havia dito, remendou a situação dizendo que se referia à coligação e não ao PSD.
O Plano de pormenor do Poço Quente também é um assunto onde Miguel Lopes se contradisse. Actualmente, está totalmente contra e votou contra o Plano de Pormenor nos órgãos autárquicos, sobretudo por este conceber a construção de um edifício de 5 andares em frente ao rio. Contudo, durante o ultimo mandato, Miguel Lopes votou favoravelmente, várias vezes, a aprovação do Plano de Pormenor do Poço Quente, inclusive uma proposta do executivo PS, na reunião de Câmara do dia de 2 de Abril de 2008, que previa uma permuta de terrenos entre a Câmara e o proprietário da quinta da cascalheira, tendo como contrapartida a capacidade de construção de edifícios com 5 andares.
Por último, e centrando a nossa atenção na última conferência de imprensa da coligação por Vizela do passado dia 2 de Abril, é fácil constatar o quanto o Miguel Lopes muda de opinião com o decorrer dos tempos ou com as mudanças de cenário político. Actualmente, acusa a Câmara de usar o Orçamento como instrumento político, apelando à contenção dos gastos. Mas, durante o período eleitoral, mais precisamente no dia 10 de Agosto de 2009, a coligação apresentou no seu manifesto eleitoral obras num valor superior a 55 milhões de euros. A título de exemplo, destaco os mais significativos:
 A criação da Casa das Artes, com dinamização das mais diversas ofertas culturais: Centro de Recursos Educativos, Biblioteca Municipal, Mediateca, Ludoteca, Espaços de Expressão Plástica, Expressão Literária, de Expressão Dramática, Expressão Cultural e um Espaço Multimédia;
 A Construção de 6 edifícios para habitações sociais nas diferentes freguesias do concelho e que ainda não disponham deste equipamento.
 Construção de pavilhão multiusos concelhios, com condições adequadas a organização de grandes eventos desportivos;
 Construção de complexo de piscinas municipais cobertas;
 Construção de 6 pavilhões gimnodesportivos,um em cada uma das freguesias que ainda não disponha de espaços desportivos cobertos;
 Implementação de um serviço de Transportes Urbanos de Vizela (TUV), em parceria com empresas privadas do sector, possibilitando ligação regular entre as freguesias e a sede do município, através da eventual utilização de mini-autocarros (já em actividade noutras cidades);
 Criação parques de estacionamentos gratuitos fora do centro da cidade.
 Criação de um Parque Empresarial no concelho;

Para além destas propostas, que aumentam as despesas da autarquia assustadoramente, a coligação propôs várias medidas que implicariam uma clara redução das receitas da autarquia. A primeira, com a criação de uma Tarifa Social da água e saneamento, a segunda, com a proposta de adequar a política de licenciamento de construções às condições económicas e sociais dos munícipes e, para finalizar, propõe, para incentivar a instalação de empresas no concelho de Vizela, a isenção de taxas.
Importa ainda acrescentar, reiterando a informação expressa anteriormente, que nos termos do manifesto eleitoral, a coligação apresentou o compromisso e promessa de construir um grande pavilhão multiusos concelhio e a construção de um complexo de piscinas municipais cobertas, algo que o executivo PS apresentou na reunião de câmara de 22 de Dezembro de 2010 e na Assembleia Municipal de 29 de Dezembro de 2010 e a coligação votou contra, em ambas as situações.
Em conclusão, para a coligação o que hoje é verdade, amanhã é mentira e vice-versa. Miguel Lopes é o rosto do desnorte. Profissionalmente não tem provas dadas, denota uma enorme ausência de qualidade e maturidade técnica, política e deontológica, que está a por em causa a credibilidade do partido a nível local, em que os seus próprios militantes, sobretudo os mais prestigiados, já não acreditam.

PARTIDO SOCIALISTA DE VIZELA

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