Sem ter ainda conseguido vencer nos quatro jogos oficiais realizados em casa, o Vizela recebe este domingo o Macedo de Cavaleiros, adversário que já não defrontava há mais de duas décadas.
A equipa vizelense, vinda de um empate a zero na Madeira diante do Marítimo B, tem pela frente uma equipa na procura da manutenção e que aposta num futebol de contra-ataque.
Ghilas está em dúvida para este jogo onde o Vizela vai procurar a primeira vitória em casa depois de ter sido eliminado no seu reduto pelo Ribeirão, e perdido diante do Tirsense (com um roubo de igreja), e empatado com Fafe e Camacha.
O árbitro é Pedro Maia, do Porto (apitou o Vizela-Lourosa da época passada que terminou com a vitória dos vizelenses por 3-2), e o observador é Jorge Augusto Rocha.
Equipa do Macedo de Cavaleiros conta com jogadores de várias nacionalidades.
Caracterização histórica e geográfica do concelho
O nome de Macedo de Cavaleiros tem a ver com a designação de terra fértil para maçãs, em português medieval “macedo”, e à acção notável de Martim Gonçalves de Macedo, cavaleiro que salvou da morte D. João, Mestre de Avis. Na Batalha de Aljubarrota, em 14 de Agosto de 1385, o Mestre de Avis é atacado por Álvaro Gonçalves de Sandoval e, ao receber um golpe do castelhano, cai por terra. O cavaleiro Martim Gonçalves de Macedo mata o castelhano e levanta o Mestre de Avis do chão, salvando, assim, a vida ao futuro Rei.
D. João I reconheceu-o e gratificou-o, e, a partir deste episódio da Batalha de Aljubarrota, o brasão de armas dos Macedo passou a incluir um braço vestido de azul, com uma maça de armas de prata.
O actual concelho de Macedo de Cavaleiros foi criado em 1853. Dez anos depois, a aldeia de Macedo, que já no tempo de D. João V passara a ser reguengo real, recebe o título de Vila. Em 1999, o de cidade.
Macedo de Cavaleiros é assim um concelho com pouco mais de 150 anos de existência, que se estende por uma área de 699,3 km2, composto por 38 Freguesias que agrupam 67 localidades.
Nos dias de hoje, de acordo com o Census de 2001, a população é de 17449 residentes. Segundo a mesma fonte, o sector terciário representa cerca de 58% da população activa; o secundário, localizado sobretudo na Zona Industrial, representa 22%. A ruralidade é uma marca identitária de Macedo de Cavaleiros, sendo que 21% dos activos do concelho encontram na agricultura e na pecuária o seu sustento.
O território concelhio tem uma altitude média de 600 a 700 metros, tendo a norte a Serra de Nogueira, ao centro a de Ala e a do Cubo, a sul a Serra de Bornes e, a Este, o Monte de Morais. As condições climáticas e a fertilidade do solo fazem do concelho um bom produtor de excelentes vinhos, cereais, carne de bovino, ovino e caprino, azeite e castanha. Uma vasta área é Rede Natura 2000, com a particularidade única em Portugal do Maciço de Morais, o “umbigo do mundo”, na gíria dos geólogos, a criar um ecossistema extraordinário com plantas raras. A Paisagem Protegida da Albufeira do Azibo, possível após a construção de uma barragem em 1980-82, é o exemplo de que a acção do homem e a natureza podem ser compatíveis e enriquecedoras do ambiente natural.
O progresso de Macedo foi feito, ao longo do século XX, com a imigração de gente que para aqui veio atraída pelo caminho-de-ferro e ao facto de ser a encruzilhada das vias de circulação do Nordeste de Portugal. Um boom de construção e de instalação de serviços ocorreu em meados do século e, novamente, depois do regresso dos portugueses do Ultramar, após a descolonização. Os macedenses têm sido uma população laboriosa e empreendedora. Alguns têm-se notabilizado como militares, políticos, escritores e artistas, beneméritos e santos. Uma quantidade imensa de gente, à semelhança do resto de Trás-os-Montes, está emigrada nos quatro cantos do mundo. Muitos regressam periódica e episodicamente à sua origem, constituindo um mercado turístico promissor.
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