O Rotary Clube de Vizela foi mencionado num recente comunicado do Bloco de Esquerda em termos que nos suscita algumas palavras.
Sem abdicarmos do nosso direito a intervir na sociedade vizelense, não queremos pronunciar-nos sobre as propostas que esta força política (ou outras), entenda fazer.
Também não nos referiremos à adjectivação que dá à nossa acção – que diz inócua e deslavada -. De facto, somos pessoas, agimos como tal, fazemos o que podemos e desejamos que outros façam o resto em falta e que é muito.
Também não nos ofende de modo especial o facto de nos considerar “um grupo de cidadãos que regularmente se banqueteia...” É certo que todos os dias comemos – coisa que nem toda a gente faz. Só que “banquetear” introduz alguma ideia de exagero e de riqueza. E isso, não é certo! Mas o Bloco de Esquerda pode muito bem pensar isso mesmo e não temos nada a dizer.
Custa-nos muito mais que o Bloco de Esquerda não saiba o que realmente fazemos, ou quais são os nossos objectivos mas concordamos que pertence ao BE a escolha dos seus objectos de interesse.
Mas há gente que se interessa pelo que fazemos (nós não pensamos que seja muito) e se lembre não só das Camas articuladas e das Cadeiras de rodas mas também dos Cabazes de Natal, da AIREV ,de algumas Bolsas de Estudo e dos Prémios Escolares. Outros, poucos que nós não andamos a badalar, sabem ainda de algumas ajudas especiais que aqui ou ali vamos prestando. Sempre sem tomar o lugar das Instituições vocacionadas para o efeito.
Outros também sabem do nosso Projecto Universidade Sénior e do Projecto Alfabetização.
Outros também dão valor às palestras e colóquios de natureza cultural ou de informação que muito amiúde promovemos. De facto muitas delas são altamente participadas o que muito nos satisfaz.
Outros, ainda, mais bem informados, sabem que a nossa acção se estende por outros cantos do mundo onde há muita gente com muita, muita, muita necessidade.
Por fim importa salientar que não distribuímos dinheiro ou bens públicos. Quando jantamos ou quando nos colectamos para qualquer objectivo trata-se sempre do esforço pessoal de cada um de nós. E se nos conhecem, sabem bem o que isso significa.
Claro que o tom da vossa mensagem, no que a nós respeita, não é muito simpático mas não temos o direito de exigir mais. Não temos o direito, mas merecíamos!