Nas palavras do presidente, o FC Vizela 2010/2011 será uma equipa "digna, competitiva", e a metade do preço.
No que à discussão do Relatório de Contas 2008 diz respeito, a situação do FC Vizela foi definida como "difícil, mas controlada", num ano em que as receitas superiorizaram-se aos os custos resultando do exercício 17.138 euros. resta destacar também deste ano que a situação relativa ao Estado e Segurança Social está perfeitamente regularizada.
O activo do clube era à data de 2,062M€ (quase 2M€ só de património) enquanto o passivo ascende aos 1,288M€.
Esta votação foi aprovada com 1 voto contra e 1 abstenção, tendo o parecer positivo do Conselho Fiscal.
ALBERTO SOUSA INTERROGA
Apesar da aprovação, este relatório de contas teve a passagem das dívidas a ex-presidentes a constar na conta "dívidas de terceiros", o que motivou uma intervenção de protesto de José Alberto Sousa, por se aprovar um Relatório de Contas sem que existisse a aprovação de um documento que assinou conjuntamente com os outros dois ex-presidentes ligados ao processo (José Armando Branco e Paulo Pinheiro) permitindo essa alteração de contas. A mesa esclareceu Alberto Sousa que não poderia colocar a aprovação um documento que não constava na ordem de trabalhos, o que novamente não contou com a satisfação do ex-presidente, que não via salvaguardadas as condições que estabeleceu aquando da assinatura do referido documento, ponderando a hipótese de avançar com uma providência cautelar contra o clube, salvo se a acta redigida precavesse as condições impostas.
SÓCIO JOVEM ATÉ AOS 20 ANOS
Quanto à votação da alteração das quotas dos sócios, as alterações foram aprovadas por unanimidade.
O denominação "Sócio Jovem" passa a abranger os sócios até aos 20 anos (inclusive), de modo a que mais jovens possam continuar a ser sócios durante o seu percurso estudantil. Redução de 15 para 12€ as quotas dos "Sócios Cativos", de modo a poder aumentar o número deste tipo de sócios. Alteração do nome do "Grupo dos 100" para "Sócio de Ouro", com quota mínima de 15€, e a criação dos cartões "Empresa Bancada" e "Empresa Cativo".
JOÃO POLERI FAZ BALANÇO E MOSTRA INDIGNAÇÃO PELOS ATAQUES
No final da sessão o presidente tomou a palavra para fazer um balanço sobre o primeiro semestre à frente dos destinos do clube. João Polery mostrou "dor e mágoa" relativamente aos ataques de que tem sido alvo, frisando que não se lembra de "tantos ataques ao clube como agora".
No nível financeiro, referiu que desde que tomou posse operou uma redução de 20mil€/mês na folha salarial, que não teve qualquer impacto a nível desportivo, uma vez que o Vizela manteve a mesma posição (3ª lugar).
Quanto aos ataques de que o clube tem sido alvo, referiu que as verbas disponibilizadas pela CMV até ao momento ao abrigo dos vários protocolos foram de 369 mil euros enquanto os pagamentos efectuados ascendem aos 620 mil euros, o que significa que o Vizela "gerou" verbas de 251 mil euros.
HÁ MENTES BACOCAS A QUERER DESTRUÍR O FC VIZELA
O presidente fez questão de frisar às "as mentes bacocas que querem destruir o FC Vizela” que há 251 mil euros que entraram no FC Vizela resultantes de muitas ajudas de empresários e amigos que acreditam neste projecto e não de endividamento bancário ou apoios municipais. "Não há dia nenhum que não passe no estádio para procurar nem que seja um cêntimo mal gasto. E que todos os cêntimos serão empenhados na política de sustentabilidade e rentabilidade do clube."
Ainda no que diz respeito aos ataques dos quais tem sido alvo, revela com dor que "se não tivesse pegado no FC Vizela, nesta altura provavelmente não estaríamos aqui", e que irá fazer uma reflexão profunda sobre as repercussões negativas que a posição política que ocupa possam trazer para o FC Vizela, ponderando seriamente se coloca o lugar da Presidência da Direcção do clube à disposição.
Quanto à próxima época, JOão Poleri assume "não alimentar expectativas nem sonhos em vão". O futuro passa por recuperar economicamente o clube, que foi o objectivo primeiro do mandato. Em termos desportivos do plantel sénior, espera criar uma equipa profissional que custe menos de metade da que custou a desta época finda. "Digna, competitiva, mas sem entrar em loucuras."
Vítor Oliveira Marques (texto e fotos)