Membros eleitos do PSD na Assembleia de Freguesia de Vilarinho.
PEDIDO DE DEMISSÃO DO SENHOR PRESIDENTE DA JUNTA DE VILARINHO, ARMINDO TARCÍSIO
Os eleitos nas listas do PSD não podem deixar de tomar posição relativamente ao ocorrido na última Assembleia de Freguesia de Vilarinho, realizada no passado sábado dia 17 de Abril.
Além dos assuntos da ordem do dia, os membros da Assembleia de Freguesia foram surpreendidos com o pedido de renúncia do Presidente da Junta de Freguesia de Vilarinho. Aliás, viemos posteriormente a saber que este já não tinha comparecido na reunião da AM que se realizou no passado dia 14.
Esta tomada de posição apanhou todos de surpresa e deixou muitas interrogações no ar, que no entanto não foram devidamente esclarecidas.
O Presidente da Junta passou toda a Assembleia de Freguesia a dizer que se as grandes obras propostas para Vilarinho não estão ainda no terreno, que a culpa não é sua, atirando a bola para Santo Tirso, o que estranhamos, porque ainda há muito pouco tempo Armindo Tarcisio apareceu aos olhos dos Vilarinhenses como o mais acérrimo defensor da Câmara e de Castro Fernandes!
Sentiu-se no seu discurso de despedida um certo cansaço e desalento relativamente a forma como a nossa freguesia tem sido tratada!
Duas coisas a registar no meio de tudo isto.
Para além das discussões e divergências que são naturais numa disputa política entre o poder e oposição, os membros eleitos pelo PSD, não podem deixar de evidenciar a clareza e a vontade com que o Presidente da Junta, Armindo Tarcísio, sempre encarou o cargo para o qual foi eleito, pondo muitas das vezes os interesses da freguesia a frente dos seus próprios interesses.
Mas, pela leitura do seu discurso fica claro, que está não é uma ideia recente, pelo contrário, vem sendo maturada ao longo do tempo…
Por isso, não podemos deixar também de fazer duas perguntas, que nos parecem necessárias para melhor compreensão da sua demissão.
Porque se demite, 6 meses após a tomada de posse?
Porque se apresentou como candidato às últimas eleições autárquicas?
Para os eleitos nas listas do PSD, tratou-se claramente de uma “manobra” politica com o objectivo de tentar contribuir para a conquista da Junta de Freguesia e da Câmara Municipal para o PS e consequentemente procurar assegurar a respectiva sucessão na condução dos destinos da Junta de Freguesia. Como se sabe e de acordo com a lei de limitação de mandatos, Armindo Tarcisio não poderia recandidatar-se.
Fica muito claro que os interesses partidários se sobrepuseram aos interesses de Vilarinho e dos Vilarinhenses. Os eleitos nas listas do PSD repudiam este comportamento que desvirtua as regras da democracia e geram desconfiança junto dos eleitores.
Pensamos que o povo de Vilarinho tem o direito de ser esclarecido e por isso “desafiamos” Armindo Tarcisio a explicar convenientemente os reais motivos que o levaram a renunciar ao mandato apenas 6 meses depois das eleições.
Vilarinho, 19 de Abril de 2010