Guimarães Capital Europeia da Cultura "chama" associações



Guimarães "chama" associações
Capital Europeia da Cultura atribui um milhão de euros a estruturas locais

CARLOS RUI ABREU (in JN)

Foram apresentados, ontem, quinta-feira, no Centro Cultural Vila Flor, os nomes das personalidades e instituições que no âmbito da Fundação Cidade de Guimarães terão a responsabilidade de programar a Capital Europeia da Cultura. As associações locais terão peso significativo.

A Fundação Cidade de Guimarães apresentou, portanto, o modelo que presidirá à estrutura programática da Capital Europeia da Cultura (CEC 2012). Cristina Azevedo, presidente da Fundação, enalteceu, em conferência de Imprensa, o "modelo integrado de programação e produção" e frisou o cumprimento da promessa de "envolver o tecido associativo local".

De Guimarães, foram chamadas a intervir, através de um núcleo autónomo com responsabilidades delegadas, as associações Círculo de Arte e Recreio, Convívio, a Associação de Folclore e Etnografia de Guimarães e a A Oficina. O programador local José Bastos, director de A Oficina e responsável pelo Centro Cultural Vila Flor, foi incumbido de acompanhar toda a programação e coordenar a produção.

As associações de Guimarães que têm a tarefa de dinamizar a CEC 2012 irão ter disponível um milhão de euros para programação, em protocolo que será brevemente formalizado entre as entidades. Cristina Azevedo reforçou a ideia de que a oportunidade de 2012 terá de ser vista como a ocasião para consolidar "a simbiose entre a tradição e a modernidade" sem as somar por si só, mas "fundido-as numa tentativa de criar novos conceitos".

Tendo por base uma interligação entre alguns nomes sonantes a nível nacional e internacional e as associações locais, a Fundação consagrou quatro grandes áreas de intervenção - a comunidade, a cidade, o pensamento e o programa artístico -, tendo, para isso, nomeado sete personalidades com currículo que valida as escolhas.

Sendo assim, a artista e programadora Susana Ralha será responsável pela Comunidade, o consultor criativo britânico Tom Fleming pela Cidade. Na vertente artística, os quatro programadores escolhidos foram a escultora Gabriela Vaz-Pinheiro para a Arte e Arquitectura, Rui Massena, maestro da Orquestra Clássica da Madeira, para a Música, o encenador Marcos Barbosa para Artes Performativas, e o crítico de cinema João Lopes para Cinema e Audiovisual. Por apresentar, ficou o responsável pelo "cluster" do Pensamento, que em breve será anunciado.

Partilhar