Pedro Cunha tem um filho muito novo que foi o autor da ideia: «Pai e se nós tivessemos aqui pelo Natal um mealheiro para os Bombeiros de Vizela. Eu quando for grande quero ser bombeiro». Pedro diz que tem sido assim todos os anos. Coloca um porquinho-mealheiro e os seus clientes depositam em cima duma mesinha ao lado da árvore de Natal e os seus generosos clientes dão o que entenderem. «Há três anos que é assim. No dia 31 de Dezembro entregamos o porquinho-mealheiro à Direcção que depois de o abrir fica com dinheiro para as despesas da instituição ofercido pelos meus clientes. Não sei se é muito ou se é pouco, sei que é dado com boa-vontade. Acho que seria bom para os Bombeiros se, pelo menos nesta altura do Natal, os balcões de todas as casas comerciais tivessem esta forma de granjear alguns proventos, sempre necessários, para os nossos bombeiros. Fica a ideia».
Pedro Cunha (um grande vizelense) conta uma história engraçada sobre este processo. Eu sempre tive um porquinho destes que é uma peça de artesanato fabricada pela filha do senhor Machado do Café D. Abade, em cima do balcão da Feira de Stocks (junto ao restaurante Da Granja perto da estação da CP). Como os clientes viam que era um mealheiro, pelo Natal metiam os trocos na ranhura pensando que era uma caixa de gorjetas para os empregados. De cada vez que alguém tentava meter dinheiro eu não deixava e explicava que o porquinho não estava ali com esse fim. Cheguei a colar a ranhura com fita cola, mas não valia de nada. Então o meu filho disse que o melhor era deixar as pessoas meter lá os trocos e depois ofereciamos aos Bombeiros. Há três anos que é assim. E a zelosa Direcção dos Bombeiros até tem o cuidado de enviar uma carta de agradecimento por cada vez que chega ao quartel um porquinho-mealheiro».
Natal é isto.