Foi uma final de 10000 metros emocionante, com a vitória a ser discutida entre as atletas etíopes e quenianas, com Linet Masai a bater as etíopes Meselech Melkamu e Wude Ayalew, com o tempo de 30.51,24 minutos. A desilusão foi a etiópe Meseret Defar, que depois de uma liderança, acabou no 5º lugar.
As portuguesas tinham uma difícil missão mas cumpriram os seus objectivos, conseguindo Portugal mais três lugares de semi-finalistas, com as atletas Inês Monteiro, Ana Dulce Félix e Ana Dias.
Inês Monteiro e Ana Dulce Félix estiveram na primeira metade do pelotão até sensivelmente meio da prova, altura em que as portuguesas não reagiram a um esticão dado na frente. Daí para a frente a corrida foi feita em grupos, com Ana Dias a ser a primeira a deslocar.
A melhor portuguesa foi Inês Monteiro que completou os 10000 metros com o tempo de 31.25,67 minutos, novo recorde pessoal e um excelente 10º lugar, sendo a melhor europeia em competição. Ana Dulce Félix retirou, também ela um grande pedaço ao seu recorde pessoal e com 31.30,90 minutos foi a 13ª classificada. Ana Dias, com 31.49,91 minutos foi 16ª classificada.
Para Dulce Félix foi “objectivo cumprido”, tendo ainda batido o seu recorde pessoal, algo que já tinha em mente após verificar que estava numa melhor forma que na Taça da Europa de 10000 metros, a sua anterior prova na distância.
Contudo existem dúvidas quanto a algumas atletas participantes, as que partiram do lado de fora da pista, que partiram para a corda demasiadamente cedo, uma questão que chegou até a colocar os resultados como provisórios, mas que parece não terem sortido efeito. As atletas portuguesas queixaram-se ainda do calor e da falta de água providenciada pelo Comité Organizador, embora essa não seja uma obrigatoriedade, dependendo apenas da decisão do Delegado Técnico.