Terça-feira o Conselho de Disciplina da Liga reúne e deve decidir o caso do FC Vizela e Gondomar. Entretanto o clube gondomarense impugnou o campeonato considerando que o treinador da Oliveirense esteve castigado no banco no último jogo. Apesar de ser acusado de 22 casos de corrupção em 2003/04 e ter ficado em último lugar no último campeonato, os gondomarenses não deixam de lutar pela permanência.
Assembleia da Liga decidiu ontem que clubes incumpridores só ficarão impedidos de participar nos campeonatos na época 2010/2011. A crise serviu de desculpa!
Foram muitos os sócios que compareceram ontem no (quente) salão nobre do Estádio para uma sessão solene onde foram a presentadas e aprovadas por unanimidade as contas do Clube relativas ao exercício de 2007.
O Presidente assegurou que depois da aprovação ontem das contas, o Clube vai ser inscrito na Liga de Clubes de Futebol Profissional de forma a poder competir na próxima época no segundo escalão do futebol português.
Sobre o processo que decorre no âmbito do famigerado "Apito Dourado", Paulo Pinheiro não pôde adiantar muito senão lamentar o arrastar de um caso que vem de 2003 e para o qual, diz, estar na incógnita: «O processo pode ser arquivado como nós esperámos, se alguém quiser fazer mal ao Vizela tomaremos a medida que a próxima assembleia julgar mais adequada e que pode passar pela entrega da chave deste Clube a quem dirige o futebol profissional em Portugal».
Sobre grande atenção dos associados, Paulo Pinheiro prosseguiu: «Até que seja transmitida ao FCV uma decisão do Conselho de Disciplina estamos num impasse pois não nos podemos aventurar a formar uma equipa sem sabermos em que escalão vamos competir, por isso estamos assim de numa espécie de braços cruzados. Tudo isto é muito lamentável, mas o futebol português é como é».
O Presidente revelou que o Vizela tem as contas em dia - Fisco, Segurança Social, profissionais - «contrariamente a outros Clubes» devendo apenas dois anos aos treinadores e outros membros do departamento juvenil que fazem do futebol um part-time.
Paulo Pinheiro acrescentou que tem feito um enorme esforço financeiro pessoal para manter o barco financeiro do Clube equilibrado, tendo muitos industriais que lhe prometeram apoio declarado que devido à crise não podem cumprir o que prometeram.
Nesta sessão nada foi adiantado sobre o próximo plantel, devido à incerteza que emana do Conselho de Disciplina.
CONTAS APROVADAS
O resultado líquido da exploração do exercício foi de 196.487,43 euros negativos, superior um pouco ao ano de 2006 que se ficou por 104.380, 43 euros negativos.
O Conselho Fiscal composto por José Vaz Pinheiro (presidente), José Manuel Guimarães (relator) e José Carlos Sousa (secretário) declarou: «Houve um aumento das despesas e as receitas embora aumentando significativamente não acompanharam as mesmas, apesar do esforço da Direcção nesse sentido. Julgamos que é possível resolver o problema com a solução apresentada no Relatório de Gestão da Direcção ou seja: maximizar ao máximo as receitas e pugnar por atitude de contenção rigorosa das despesas até atingirmos um ponto de equilíbrio».
RESUMO DAS CONTAS 2007
Total dos proveitos (receitas) 1.133.460,60 euros
Total dos custos (efectivos) 1.250.831,61 euros
Resultado bruto do exercício 117.371,01 euros negativos
Amortizações do exercício 79.116,42 euros
Resultado líquido do exercício 196.487,43 euros negativos
ACTIVO
Disponibilidades 32.123,12 euros
Clientes conta corrente 23.061,48 euros
Outros devedores 117.634,58 euros
Património actual imobilizado 1.950.442,71 euros
Total activo 2.123.261,89 euros
Total do passivo 1.639.319,72 euros
Diferença activo/passivo
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