Após ter lido a sua longa e, porque não “enigmática”, resposta ao Editorial e ao “Puro Vinagre” do “Notícias de Vizela”, permita-me, com todo o respeito, lamentar algumas situações.
É verdade que o senhor mostrou-se bastante ponderado naquilo que disse. Mas também não deixa de ser verdade que nem sempre dar “longas respostas ou justificações” tenham que possuir, necessariamente, conteúdo…
Ora, foi precisamente o que sucedeu com a sua resposta. Espanta-me, portanto (e senhor perceberá gradualmente o porquê de eu ter caracterizado a sua resposta de “enigmática”…), que tenha rebatido o Editorial da Sra. Directora Susana Ribeiro sem ter dado sequer um argumento que pudesse contrariar a opinião, repito opinião, da jornalista vizelense. E digo isto porque na parte em que o senhor questiona, passo a citar, “E, como Jornalista, não poderia já ter-se informado, questionado, inquirido quais as funções que o visado ocupa, desempenha na Câmara?”, preferiu responder “Limita-se a insultar, a insinuar de modo rasca, soez. E logo aproveitando-se de um Editorial de um Jornal”.
Curiosamente, não foi capaz de dar uma resposta sustentada, no mínimo, dizer, então, quais as funções que o visado desempenha na Câmara Municipal de Vizela. Não acha que, isso sim, seria um bom contributo para o que questionou?
No entanto, preferiu não contrapor a situação da melhor forma e, assim, continuou a dar razão ao proferido no Editorial…
Eu como cidadão vizelense, tomo conhecimento do que se passa na nossa terra através do contacto que tenho com as pessoas de cá. E no que respeita a essa situação, posso lhe garantir que a resposta dada pela população vizelense, repito população vizelense, é coincidente com a opinião da Sra. Directora do “NV”.
Não querendo eu tomar partido por qualquer uma das partes, nem excluir o papel de relevo que o Sr. Manuel Marques assume, ao nível da informação, há muitos anos, na nossa terra, a minha percepção das coisas permite-me referir que, se calhar, os jornalistas M. Sérgio Vinagre e Susana Ribeiro têm muita coragem e frontalidade (características que faltam a muita gente…) para, nos seus artigos de opinião, baseados na opinião de muitos vizelenses, abordarem certas situações que intrigam os vizelenses e não só os próprios como, talvez, alguns pensam…
De facto, não lhe ficava nada mal, a si, ser mais objectivo e preciso nas afirmações que faz, porque não chega por si só contrariar versões de outras pessoas. Ainda para mais, para um senhor que até já colaborou com o jornal, deveria saber que quando não estamos de acordo com alguém, o melhor contributo que podemos dar é argumentar de forma válida, frontal e concreta.
Da mesma forma, não se esqueça de fundamentar, devidamente, a última parte da sua resposta, nomeadamente na deixa dos “pormenores sórdidos” sobre as transições de chefia do jornal… Como lhe disse anteriormente, só lhe ficava bem concluir tudo aquilo que começou a dizer… “fechar” todos os parêntesis que abriu… É que de especulação anda o mundo cheio, meu caro!
João Gonçalves