Resposta à carta de Torcato Faria: "A bajulação continua"

*/Susana Ribeiro/*

Resposta à carta de Torcato Faria

*A bajulação continua*

Caro sr. Torcato Faria, depois de recebermos a sua carta (e que teve a gentileza de nos referir ter sido também enviada para o DDV), sinto-me obrigada a fazer algumas considerações sobre o seu conteúdo.

Antes de mais, não posso deixar de lamentar que em vez de remeter a missiva apenas para o nosso jornal, pois afinal são artigos nele inseridos o objecto da sua eloquente intervenção, o tenha enviado também para o /site/ do seu “amigo” Manuel Marques. Deixe-me que lhe diga que, assim como o próprio Pedro Marques - por quem se colocou (pouco) em “bicos de pés” mas muito pelo Manuel Marques - também o senhor é um amigo que nunca se deveria perder. Ora, para quem se apresenta como não sendo “bajulador” (e coisa e tal), confesso que ao fim da leitura da sua carta fiquei, no mínimo, confusa. Porém, sabendo que o senhor trabalha na Câmara Municipal de Vizela (como o confessa numa segunda carta por si enviada) deixou-me bem mais esclarecida.

Mas vamos aos factos.

1 - “(…) A propósito do seu macomunado [mancomunado - assim é que se escreve, sr. Torcato] vomitado fel sobre duas pessoas por quem tenho estima e consideração”. O senhor pode ter estima por quem quer que seja e nós temos o direito de reagir às afirmações, ou melhor ao “vomitado fel”, usando as suas palavras, de quem quer que seja. No caso, foram as do seu colega de trabalho Pedro Marques. Mas não deixa de ser curioso que o senhor - arauto da verdade - tenha lido a “diarreia mental” desse seu camarada e a tenha achado o “máximo”. “Perdoe a minha ignorância e ingenuidade.”

2 - Incompreensível é também a sua intolerância à palavra “indivíduo”. Se não sabe, “indivíduo” significa “qualquer ser, vegetal ou animal, em relação à sua espécie”, “sujeito” ou “pessoa”. Como deve aperceber-se, o facto de eu ser licenciada em Jornalismo não significa que não posso usar a palavra; ao invés, denota riqueza de léxico, um importante aspecto cultivado durante o meu curso.

3 - Eu sou jornalista e não “coscuvilheira”, para mim o Pedro Marques é mais um dos muitos funcionários da Câmara Municipal de Vizela; a diferença é que um varredor (com todo o respeito que me merecem) eu consigo-o identificar porque vejo-o, na rua, de vassoura na mão, já o seu amigo nunca o vi a fazer nada. Mas se o caro Torcato sabe o que ele faz, bem que podia ter-nos esclarecido.

4 - Quem decide a linha do editorial é o próprio Director, logo no caso do “Notícias de Vizela” cabe-me a mim. E eu decidi ser o local para opinar sobre a realidade local, regional, nacional e, se se justificar, internacional. Aqui darei a conhecer as minhas posições e impressões, caso não goste não precisa de ler.

5 - Refere o senhor na carta que contribuiu para o ressurgimento do NV e fez também “de revisor de provas (editor) procurando algumas gralhas nos textos...”. Sinceramente, parece estar destreinado, caso contrário não remeteria a sua carta para publicação com os erros que apresenta. Já lhe desvendei um, mas há mais...

Não posso terminar sem agradecer a estima que o caro Torcato diz ter por mim, porém eu por si não tenho nem deixo de ter estima porque simplesmente não o conheço. E fique descansado, não me arrependo de escrever a verdade.


*/Directora do “Notícias de Vizela”/*

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