Boavista desce de divisão mas poderá, por vontade dos seus associados e pelas dificuldades económicas, fechar as portas de vez. Boavisteiros são os primeiros adversários do Vizela no campeonato que arranca a 24 de Agosto. O Vizela poderá ter uma jornada de descanso logo a abrir a prova «manca».
Serenamente, o Vizela aguarda o desfecho desta grande novela. Boavista ou Paços de Ferreira, que neste caso se mantém na I Liga, estavam ditados como seu primeiro adversário no campeonato. Assim, se os campeonatos forem homologados, o Vizela tem uma deslocação ao Estádio do Bessa-Porto, falta é saber se o Boavista, que já anunciou recorrer, vai receber a equipa vizelense, ou seja, se não vai fechar as portas de vez como parece ser a vontade de alguns associados.
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(notícia DN) «Onze semanas depois da última jornada da Liga, a Federação Portuguesa de Futebol (FPF) sente-se em condições para homologar o campeonato. E vai fazê-lo "dando" o lugar do Boavista (9.º classificado), condenado à descida de divisão por coacção à equipa de arbitragem, ao Paços de Ferreira.
A decisão foi tomada ontem pela direcção da FPF, que esteve reunida durante cerca de três horas, tendo decidido aceitar as indicações do seu presidente, Gilberto Madaíl, de adoptar o parecer de Freitas do Amaral. Assim, tal como foi sugerido pelo professor de Direito Administrativo, a FPF vai invocar, já hoje, junto do Tribunal Administrativo e Fiscal de Lisboa, o interesse público, de forma a anular o efeito das providências cautelares do Boavista e do presidente do Conselho de Justiça, António Gonçalves Pereira, as quais suspendem as decisões daquele órgão federativo relativas aos castigos aos axadrezados e a Pinto da Costa.
Assim que o pedido de interesse público der entrada no tribunal, as condenações (descida de divisão do Boavista e suspensão por dois anos do presidente do FC Porto, Pinto da Costa) passam a ser eficazes o que irá permitir a homologação dos campeonatos assim como o arranque da nova época dentro data prevista, 24 de Agosto.
A decisão judicial sobre as providências deverá ser conhecida já no decorrer da prova, à semelhança do que aconteceu no "Caso Mateus", e mesmo que vá ao encontro das pretensões do clube do Bessa, desportivamente nada será alterado.
Conselho de Justiça a prazo
Na reunião de ontem, a qual apenas produziu um comunicado de cinco pontos, a direcção decidiu ainda solicitar a marcação de uma Assembleia Geral (AG) Extraordinária para análise das "consequências implícitas no parecer e que não são da responsabilidade da direcção mas sim da AG". A destituição do Conselho de Justiça, conforme sugeriu Freitas do Amaral, será o assunto da reunião manga, que irá ser convocada para o próximo mês. Mas antes de ser traçado o futuro dos sete conselheiros - responsáveis pela polémica reunião do passado dia 4 que esteve na origem do parecer de Freitas do Amaral - a direcção exige que o CJ se volte a reunir. É que existem casos pendentes que estão a impedir a homologação dos campeonatos das II e III divisões».