Feira do Livro no Parque de 13 a 18 de Maio


O objectivo da Câmara Municipal de Vizela na realização desta mostra é proporcionar à população vizelense uma actividade cultural diferente que permita o contacto directo com os mais variados livros, apostando na valorização e desenvolvimento da cultura vizelense.



A Câmara Municipal vai promover a quinta edição da Feira do Livro de Vizela, de 13 a 18 de Maio, no Parque das Termas.
Nesta Feira, os visitantes poderão encontrar uma grande diversidade de livros das várias editoras e também um programa de animação diverso.


Programa:



12 de Maio, Segunda

Inauguração Oficial, 16.30h

Escritor Convidado: José Viale Moutinho

Encerramento, 22.00h

13 de Maio, Terça
Abertura, 10.00h

Animação:

10.30h

“Poesia Infantil” (Org.: Agrupamento Vertical de Escolas EB2,3 S/Infias)

11.00h

“Dança com a AIREV” (Org.: Associação para a Integração e Reabilitação Social das Crianças e Jovens Deficientes de Vizela)

11.10h

“Animação do Conto” (Org.: Agrupamento Vertical de Escolas EB2,3 S/Infias)

17.00h

Palestra sobre a Sexualidade Juvenil (Org.: Câmara Municipal de Vizela e ARS Braga com apoio IPJ Braga)

Encerramento, 22.00h

14 de Maio, Quarta
Abertura, 10.00h

Animação:

10.00h

Teatro Fantoches “O Gato Malhado e Andorinha Sinhá” (Org.: Agrupamento Vertical de Escolas EB2,3 S/Infias)

14.00h

Actividade Musical (Org.: Jardins-de-infância e escolas do 1º Ciclo do Agrupamento Vertical de Escolas EB2,3 S/Infias)

Encerramento, 22.00h

15 de Maio, Quinta
Abertura, 10.00h

Animação:

10.30h

“Hoje há música no...parque” (Org.: Agrupamento Vertical de Escolas EB2,3 S/Infias)

15.00h

Teatro “Auto da Barca do Inferno” (Org.: Agrupamento de Escolas de Vizela)

Encerramento, 22.00h

16 de Maio, Sexta
Abertura, 10 horas

Animação:

10.30h

Jogos Tradicionais (Org.: Agrupamento Vertical de Escolas EB2,3 S/Infias)

15.00h

Encenação do texto “Manuel e Manuela”, de António Torrado

Hora do Conto “O Livro Fechado”, de António Torrado

(Org.: Centro Social e Paroquial de Barrosas (Santa Eulália)”)

21.00h

“Ler na Sétima Arte” (Org.: Agrupamento de Escolas de Vizela)

Encerramento, 22.00h

17 de Maio, Sábado
Abertura, 10.00h

Animação:

15.00h

“Dança com Lar de Jovens” (Org.: Centro Social de S. Miguel)

21.00h

Espectáculo Musical com o cantor “Luisão” e “Grupo de Danças de Salão do Centro Social e Paroquial de Barrosas (Santa Eulália)”

(Org.: Centro Social e Paroquial de Barrosas (Santa Eulália)”)

Encerramento, 22.00h

18 de Maio, Domingo
Abertura, 10.00h

Animação:

16.00h

Concerto Musical Interactivo “Instrumentos Tradicionais”

(Org.: Câmara Municipal de Vizela)

“Instrumentos tradicionais” aparece aqui sob a forma de Workshop, com o objectivo de nos elevar a uma viagem pelo mundo no seu contexto histórico, social e cultural em que estes se envolvem. A energia contagiante que deles emana apresenta-se também com a finalidade de fomentar a sensibilização musical bem como o sentido de preservação da cultura e tradições da música portuguesa.

Esta actividade consiste na mostra de instrumentos tradicionais de vários locais do mundo, bem como a sua história e origem e evolução. Uma segunda parte será feita de forma interactiva, tendo como propósito levar o público a experimentar alguns dos instrumentos apresentados finalizando com a experimentação e apresentação de alguns ritmos tradicionais.

Encerramento, 21.00h


De destacar ainda a importância desta iniciativa para as crianças e jovens, nomeadamente na criação e consolidação de hábitos de leitura, através de realização de uma actividade que estimule um envolvimento efectivo da população.

A Feira irá realizar-se de 13 a 18 de Maio e o horário de funcionamento será das 10.00h às 22.00h. A abertura oficial terá lugar no dia 12 de Maio, às 16.30h com a presença do escritor José Viale Moutinho.



Biografia

José Viale Moutinho nasceu no Funchal no dia 12/6/1945. Escritor e jornalista no Diário de Notícias. Tem realizado investigações sobre a vida e a obra de alguns escritores portugueses do Séc. XIX, recuperando epistolografia e textos inéditos ou esquecidos de Camilo Castelo Branco, Trindade Coelho, António Nobre e Joaquim de Araújo, entre outros. Também trabalha sobre a Guerra Civil de Espanha (1936-1939), guerrilheiros espanhóis antifranquistas actuando em Espanha e na Resistência Francesa (maquis), bem como acerca da deportação de antigos combatentes da II República Espanhola em Mauthausen e Dachau. Participou no movimento português da Poesia Experimental e em exposições de Arte Postal. Autor de numerosos textos em catálogos de Artes Plásticas. Integrou a Comissão Nacional para as Comemorações do Centenário da Morte de Camilo. Traduziu romances, ensaios e peças de teatro, estas para companhias profissionais que as representaram.

De livro a livro a "escrita" de Viale Moutinho ganha matizes e torna-se mais linear e poética no propósito de transfigurar ou reabilitar os lugares e as gentes que se tornam vivas e reais nas histórias que nos sabe contar, como acontece, por exemplo, em Romanceiro da Terra Morta (1988), um conjunto de histórias cruzadas de pessoas e terras que permanecem no horizonte de um "imaginário" colectivo, quase parado no tempo ou onde o tempo chega e se impõe matizado por outros ritmos e desejos.

É também no plano simbólico e narrativo de saber fixar as pessoas e os lugares que este escritor se afirma, sem dúvida, como um excelente narrador.
Mas o trajecto pessoal do autor de Pavana por Isabella de França (1990), na intenção literária de denunciar certas situações, no apelo que faz a uma ambiência social e humana ainda menos conhecida, é sobretudo pautado pelo seu desejo de afirmação como escritor que, exprimindo-se através do conto ou da novela, configura noutros planos denunciadores uma "realidade" que, pelo caminho da ironia e da sátira, não perde nada da sua eficácia literária nessa quase torrencialidade de em mais de trinta anos ser autor de outros tantos livros publicados, divididos pela prosa de ficção e pela poesia, pelo ensaio e investigação literária, e com alguns dos seus contos já traduzidos em várias línguas.

Na forma de oralidade que utiliza, a "escrita" de Viale Moutinho, directa e objectiva, descrevendo por vezes com excessivos pormenores o que se adivinha logo nas primeiras linhas, prolonga por outros caminhos de entendimento esse "fabulário" colectivo de haver gentes, lugares e histórias que, contando ou falando dos seus problemas e inquietações, protestos e raivas caladas, se levantam diante dos nossos olhos com um secreto sentimento de culpa por não poder ser outro o seu destino.

O incontornável trabalho literário já referenciado por várias distinções, como o Grande Prémio de Conto Camilo Castelo Branco, da Associação Portuguesa de Escritores e o Prémio Edmundo de Bettencourt, atribuído ao livro de contos Já os Galos Pretos Cantam, edição da Caminho.

Viale Moutinho é sem dúvida um contista por excelência, trabalhando a palavra com memória, encantamento, ritmo e muito humor.




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