Meninos de Jamba sem sol sem sombra, sem agua p'ra beber




Cristais reluzentes, bravias sementes teimando em viver.
Farinha em negra água, vai cobrindo a mágoa da fome que cala, em Jamba os meninos, só têm carinhos do colo que os embala.
Almas solitárias, focos de Malárias que matam sem dó, preces por ouvir, bocas sem sorrir, de quem vive só.
Pérolas a brilhar, dão luz ao olhar, de mulheres sem solo, peles cinzeladas, de mães desoladas, com filhos ao colo.
Campos sem florir, rostos sem sorrir, é só solidão, meninos tristonhos sem escola sem sonhos, sem mesa sem pão.
De braços caidos, corações feridos, sem cura aparente, migalhas de pão não são salvação, para aquela gente.
Todo o governante, tem à sua frente, tudo com fartura, e em Jamba os meninos, mal dizem destinos, desta infância dura.
Afaga-me as feridas, alivia estas vidas, mata-nos a fome, meu DEUS estende tua mão, dá para nós o pão, negado pelo homem.
nome: Rosa Dias
email: rosaguerreirodias@hotmail.com

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