ÉS TU VIZELA
(Renato Costa)
Por altas montanhas/ S. Bento a olhá-la/ fica esta terra bem guardada/ tem no regaço/ o verde vale/ e o rio beijando os seus pés. - És tu Vizela/ ó minha terra/ alegre e hospitaleira/ tens o encanto/ e o fascínio/ de quem ama a vez primeira. - Vizela tu tens realeza/ de uma terra portuguesa/ tuas termas lendas e histórias/ orgulho nosso e glória/ gente unida e lutadora/ de alma grande sonhadora/ deu o grito de liberdade.
PASSEIO A S. BENTO
(João Madureira)
Era noite de luar/ S. Bento veio à cidade/ na Praça se quedou serenamente/ e sentou-se junto à bica da água quente. Na bica molhou a mão/ o lugar abençoou/ e com imensa alegria/ pra outro sítio abalou. - Andou pelo jardim a passear/ pousando nas flores um santo olhar/ e viu que a figura de Vizela/ sorria para si esbelta e bela. À figura então chegou-se/ sentindo o rosto corar/ e na face da romana/ pôs um beijo sem pecar. E depois subiu o monte/ prateado pelo luar/ pensando no beijo que pusera/ no rosto de Vizela sem pecar. E então se decidiu/ que em noites de luar/ descia o monte e viria/ a Vizela passear.
VIZELA MORENINHA
(Renato Costa/Francisco Costa)
Ó Vizela moreninha/ morangal dos meus desejos/ a tua boca é cestinha/ morangos são os teus beijos. - Ó Vizela amada/ hino de amor/ té és do Minho/ a mais linda flor/ vergel querida/ benzida por Deus/ tens por dorcel/ as estrelas do céu. - Quando te vejo descalça/ mal sabes os meus desejos/ és um tapede de flores/ para te cobrir de beijos.
5 AGOSTO DE 1982
(Manuel Marques pode-se cantar com "The Sond of Silence" de Paul Simon)
Foi numa tarde de Agosto/ e no parque havia amor/ o rio caminhava alegre/ as crianças gozavam as férias/ dum Verão que para nós se fez Inverno/ nesta Vizela que amamos. - Nós apreendemos um comboio/ para lutar pela liberdade/ desta terra que nos viu nascer/ e por quem estamos prontos a morrer/ se outro Agosto/ vier armado de sangue/ amanhã/ destruir a nossa vila. - Eles traziam muitos canhões/ cães policias, policias cães/ e Vizela ergueu-se em negros fumos/ que traziam lágrimas aos rostos/ dos seus filhos/ incapazes de responder/ à bala real. - Havia gritos confusões/ ambulâncias multidões/ e o parque ficou sem passarinhos/ as mães em busca dos seus meninos/ que tremiam/ como Vizela tremeu/ até que o governo/ venceu. - E assim o comboio partiu/ armado do ódio que o cobriu/ e com ele foi a nossa razão/ semeando a desilusão/ mas o meu povo/ lutará da manhã à tarde/ até à noite da liberdade.
VIZELA ESTÁS NO MEU CORAÇÃO
(Renato Costa)
Ó minha terra/ como tu não há igual/ és um cantinho florido/ que se chama Portugal/ és tão querida/ e de todas as mais bela/ estás em nossos corações/ por te chamares Vizela. - És terra hospitaleira/ Vizela tu és canção/ vives toda inteirinha/ dentro do meu coração/ por isso canto para ti/ com toda a minha emoção. - Lá no alto de S. Bento/ vê-se a mais linda tela/ com seus penedos branquinhos/ virados para Vizela/ por isso gosto de ti/ não existe outra mais bela