Jornais escrevem sobre manif de ontem pelas Termas

"Quase três mil pessoas concentraram-se ontem no centro da cidade de Vizela para se manifestarem contra o encerramento das termas, decidido pela empresa gestora do balneário".

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Câmara Municipal admite tomar conta do balneário e reabri-lo já em Maio do ano que vem

Manif contra fecho das termas de Vizela

Quase três mil pessoas concentraram-se ontem no centro da cidade de Vizela para se manifestarem contra o encerramento das termas, decidido pela empresa gestora do balneário.

Entre os manifestantes, centenas de comerciantes davam conta dos "imensos prejuízos" que o fecho da empresa das águas lhes tem causado.

Dinis Costa, o presidente da Câmara de Vizela, disse ao CM que "a autarquia tudo fará para que o balneário reabra, mesmo que tenha de ser a Câmara a tomar conta da empresa das Águas de Vizela".

Joaquim Fernandes, dono de uma unidade hoteleira da cidade, diz que "se as termas não abrirem na próxima época, que arranca em Maio, mais vale fechar as portas".

Após a concentração, os manifestantes deslocaram-se ao balneário termal, onde entregaram um documento a solicitar a reabertura das termas ou a sua devolução à Câmara Municipal.

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Câmara ameaça expropriar edifícios para reabrir termas

Emília Monteiro

Se não for a bem, vai a mal. Ontem, a população de Vizela saiu à rua para o gritar ao proprietário das termas. Câmara ameaça mesmo expropriá-lo, alegando Interesse Municipal, para que a estância volte a dar vida ao município, ameaçado de cair no marasmo.

Mais de 2000 pessoas juntaram-se, ontem, em Vizela pela reabertura das termas. Organizada pela associação de comerciantes, a manifestação uniu políticos, de todos os partidos, e população, levando ao encerramento de quase todo o comércio que, na porta, ostentava um cartaz com a frase "Fechado pelas Termas".

Dinis Costa, o socialista que preside à autarquia, afirmou que, caso não haja um entendimento com os accionistas da Companhia dos Banhos de Vizela, dona das Termas, a câmara avançará judicialmente. "Se as termas não reabrirem, a câmara vai avançar para a expropriação dos edifícios evocando o Interesse Municipal", afirmou Dinis Costa, presidente da câmara de Vizela. Além dos edifícios, a autarquia vai ainda pedir a prescrição e a anulação dos alvarás de concessão das águas sulfurosas aos accionistas que, detendo a licença de exploração das águas, encerraram o espaço. "Estamos neste processo de boa-fé mas não podemos esperar mais: ou as termas reabrem ou avançamos com outras medidas", referiu.

Durante a concentração, foi efectuado um abaixo-assinado entregue, após uma manifestação pelas principais ruas vizelenses, a uma representante das termas. "A solução passa pela criação de uma empresa municipal ou por responsabilizar a autarquia pelo funcionamento das termas", referiu Agostinho Lopes, deputado comunista eleito por Braga e presente na acção de protesto.

O balneário termal e o Hotel Sul Americano, propriedade da Companhia dos Banhos de Vizela, encerraram há cerca de um ano, despedindo funcionários e "afastando" os turistas. Desde essa altura que a autarquia e a empresa que tem a concessão mantêm um diálogo, até agora, infrutífero. "Estamos cheios de intenções. Queremos factos e assinaturas", salientou Dinis Costa. "Estamos a trabalhar na reabertura das termas mas, dada a actual conjuntura económica, não é fácil. Mas as termas vão reabrir, se não for daqui a seis meses, será daqui a um ou dois anos", disse, por telefone, Carlos Coutinho, representante da maioria do capital da Companhia dos Banhos de Vizela.

"A água das termas, que corre por baixo das nossas ruas, é do povo de Vizela e não é de nenhum particular", finalizou Manuel Campelos, ex-autarca e um dos responsáveis pela criação do concelho de Vizela.



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