João Reina (47 anos, ao centro na foto de camisola branca) e António Costa Dias (59) vão hoje a sepultar em S. Miguel das Caldas, sendo um funeral às 10 horas e outro às 16h.
(João Reina é o segundo de pé a contar da esquerda com camisola branca)
A morte inesperada destes dois conhecidos vizelenses, sobretudo a morte súbita de João Reina quando treinava em Fafe, na quarta-feira à noite, hóquei em patins na companhia dos amigos, deixou a população vizelense tremendamente abalada.
Em qualquer local que se pare o tema de conversa é sempre o mesmo: a morte. E as conversas nunca fogem dos lugares comuns que sempre surgem quando a morte, ela de si sempre inesperada, se mostra às vezes mais inesperada ainda: «Não valemos nada»; «Não somos ninguém»; «Para quê andar em guerras no mundo se a vida desaparece num sopro?»; «Saibamos viver um dia de cada vez»…
Estes lugares comuns correm a boca de um povo abalado, porque sendo Vizela uma cidade, também é um pequeno espaço onde todos são da mesma «família», onde existe sempre um laço, por muito pequeno que seja, que prende os seus concidadãos em enorme cadeia.
E depois há os familiares de facto. Por exemplo: João Reina era primo da esposa do anterior presidente da Câmara de Vizela, Francisco Ferreira. António Costa Dias fora cunhado de Francisco Ferreira. Estas duas partidas deixaram várias famílias vizelenses enlutadas.
No dia de ontem, momentos após os corpos destes dois grandes vizelenses, darem entrada nas capelas mortuárias de S. Miguel das Caldas, algumas centenas de pessoas quiseram prestar a última homenagem passando junto às câmaras-ardentes.
O dia de hoje vai manter-se triste e pesado. Centenas de pessoas deverão passar pela igreja de S. Miguel durante a manhã e tarde para o adeus definitivo a João Reina (empresário com uma cartonagem em Vizela que emprega mais de uma dezena de operários) e a António Costa Dias.
Esta também é uma das belas facetas de Vizela: a solidariedade do seu Povo, o reconfortante abraço que é dado quando os outros mais dele necessitam. MMM