Um mar de gente louvou S. Bentinho das Peras



Foram milhares, uma peregrinação com perto de um quilómetro de estrada repleta de gente, uma organização explêndida tanto na área religiosa como da romaria e a dar cada vez mais condições aos peregrinos, umas cerimónias religiosas envolventes, sol, a alegria da amizade e da família e a sempre doce imagem de S. Bento a comover quantos a fitavam por onde passava, primeiro pelo rasgar das ruas da cidade, depois no regresso à sua capelinha. S. Bentinho voltou a entrar no coração de cada pessoa e nem mesmo aqueles que nele não acreditam não deixaram de o saudar. Vizela não poderia ter escolhido melhor padroeiro. MANUEL MARQUES

À volta deste simbolismo a S. Bento, o Presidente da Câmara Municipal de Vizela, também ele um devoto do Padroeiro vizelense, diz aos microfones da Rádio Vizela (estação que transmitiu a missa e é, talvez, uma das grandes responsáveis pelo chamamento de tantos peregrinos ao Santuário pois foi notório que esse número aumentou desde a altura em que a RV fez ouvir a sua voz), que a discussão à volta do Feriado Municipal ainda não está encerrada.

FERIADO MUNICIPAL
Francisco Ferreira reconhece a grandeza de S. Bento e preconiza que mais lá para diante, quando os vizelenses esmorecerem um pouco o simbolismo da data de 19 de Março (votação na generalidade dos projectos de lei que investiram Vizela como novo município), a discussão à volta do feriado municipal volte a merecer a atenção de todos.

CALOR REGRESSOU
De resto estas cerimónias, estes três dias de festa, apesar do mau tempo (frio e alguma chuva) que se fez sentir sobretudo nas noites, resultaram num «balanço muito positivo em todos os capítulos» como reconheceu, Alfredo Ribeiro, presidente da Confraria de S. Bento.


ARCIPRESTE PRESENTE
Presidida a eucaristia pelo Padre Constantino Matos de Sá (cremos que um dia o Município de Vizela nomeará este sacerdote Cidadão Honorário deste concelho pela sua dedicação à Comunidade e sobretudo aos mais desfavorecidos, basta analizar o apoio social existente na sua paróquia, em S. Miguel), a cerimónia contou ainda com a coadjuvação dos sacerdotes Padre Cândido Magalhães, pároco de S. Paio e Tagilde ( outra das duas paróquias administrantes do Santuário de S. Bento das Peras) e ainda do arcipreste do arciprestado Guimarães-Vizela, P. Armando Freitas.


PROBLEMA DO DESEMPREGO
Contantino Matos de Sá tomou como exemplo o Corpo Activo dos Bombeiros de Vizela, ali presente sob o comando de Rogério Caldas, para apelar à doação de todos os cristãos aos outros, ao serviço voluntário pela comunidade, tendo como bússola S. Bento.
Sem deixar de tocar no flagelo do desemprego que que corre neste e noutros vales, o Padre Contantino (vice-arcipreste) disse que S. Bento saberá ajudar a resolver esta chaga social havendo fé e vontade de todos em ultrapassar a crise.

LÁGRIMAS E PALMAS PARA S. BENTO DAS PERAS
A imagem de S. Bento num andor adornado de cravos brancos e vermelhos regressou à sua capelinha levada em ombros pelos bombeiros de Vizela e debaixo duma estrondosa salva de palmas. As lágrimas de comoção correram nos olhos dos fiéis ali presentes que não resistiram ao impacto emocional provocado pela passagem do seu padroeiro e patrono da Europa (desde 1964 por decreto do Papa Paulo VI).

TERRENO OFERECIDO
Uma das boas novidades destas cerimónias foi a doação de uma importante parcela de terreno (junto à cista, sepultura medieval) por parte de D. Maria Fátima Cunha Reis e marido, ambos presentes na missa campal.

A festa prosseguiu durante todo o dia, cumprindo ainda várias famílias e grupos de amigos a tradição de partilhar o farnel.

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