ALVES RIBEIRO

Natural de Infias-Vizela

Lourenço Alves Ribeiro nasceu em Coutins-Infias, Caldas de Vizela, a 6 de Novembro de 1899 e faleceu em Lisboa a 15 de Julho de 1993. Aprendeu música com seu pai João Alves Ribeiro. Começou a tocar na Filarmónica de Vizela aos 9 anos e aí executou sax-trompa, cornetim, trombone, saxofone, clarinete, bombardino e contrabaixo, até à idade de 19 anos.
Alistado como voluntário no Regimento de Infantaria nº32 em 15 de Março de 1919, conseguiu com os conhecimentos adquiridos na Filarmónica, a sua persistência e a boa orientação dos seus chefes, que no Exército fosse em todos os concursos, o primeiro classificado.
Cursando o Conservatório Nacional, fez ali, na parte técnica, os cursos de solfejo, harmonia, contraponto fuga e Estética, acabando com 20 valores, especializando-se em trombone de varas que concluiu também com 20 valores; História da Música e Acústica com distinção e louvor.

Na sua brilhante carreira foi: 2º Sargento músico de 3ª classe a 3 Março de 1920; 2ª classe a 8 de Novembro do mesmo ano; 1º Sargento músico a 9 de Junho de 1923; Sargento Ajudante músico em Março de 1926; Alferes Chefe de Banda em 21 de Março de 1921; Tenente a 2 de Dezembro de 1935; Capitão a 6 de Novembro de 1947 e Major em 29 de Outro de 1959 para preenchimento da vaga de Major Inspector de Bandas e Fanfarras das Forças Militares e das Forças Militarizadas criada pelo Decreto de Lei nº42510 de 18 de Setembro de 1959 e colocado no Ministério da Defesa Nacional.

Quando Sub-Chefe foi solista em bombardino na Banda de Música da GNR e tomou a regência desta primeira Banda do País, a ainda com o posto de Alferes, a 20 de Abril de 1935.
A renovação do reportório preocupa o maestro Alves Ribeiro, e novas obras são adaptadas e transcritas, tendo deixado o serviço na Banda da GNR a 04 de Novembro de 1959, por ter sido promovido a Major Inspetor das Bandas e Fanfarras das Forças Militares e Militarizadas.
Professor de grande competência, admiráveis qualidades de trabalho e interesse pelos seus alunos, distinguiu-se sempre pelas elevadas classificações por ele conseguidas, tanto no plano civil lecionando Harmonia, Acústica e História da Música, como no Militar, preparando para Chefe de Banda Carlos Soares Oliveira, Manuel da Silva Dionísio, Carlos da Conceição Saraiva e outros muitos dos quais também para Sub-Chefe.


É condecorado com a Medalha de Exemplar Comportamento, Medalha Militar da Classe de Bons Serviços, Medalha de Mérito Militar, Medalha Naval Comemorativa do 5º Centenário da Morte do Infante D. Henrique, possuindo mais as insígnias de Cavaleiro da Ordem Militar de Avis e Cavaleiro da Ordem Militar de Santiago da Espada.

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Durante o tempo que exerceu as funções de Inspetor, cerca de dois anos passou à situação de reserva em 6 de Novembro de 1961, fez uma inspeção às Bandas e Fanfarras do Exército entregando neste Departamento, como resultado dessa inspeção, um relatório circunstanciado no qual foram apresentadas várias sugestões e propostas.

Realizou concertos com as Bandas da Marinha, Caçadores 5, Infantaria 1, Aviação e GNR, realizadas no pavilhão dos Desportos, na praça do Campo Pequeno, aos quais assistiram membros do Governo e do Corpo Diplomático e no Coliseu dos Recreios, este perante o Ministro da Defesa da Alemanha Federal e de vários membros do Governo Português.

Trabalhou com duas comissões compostas por Chefes de Banda dos três ramos das Forças Armadas e da GNR, sob a sua presidência procurando mesmo conseguir a possibilidade do desenvolvimento da Indústria Nacional no que diz respeito a instrumentos musicais; na outra, elaborar um regulamento de concursos para os diversos postos usados nos três ramos das Forças Armadas e na GNR relativo à uniformização e atualização dos mesmos.
Foi maestro da banda dos bombeiros de Pejão.
A Banda da GNR (Lisboa) teve mais tarde como sub-regente o vizelense Capitão Manuel Joaquim Ferreira da Costa  atualmente outro vizelense, Joaquim Ribeiro.

Notícias de Guimarães, 1949.



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